Raimundo Primeiro
De modo não ambíguo, Imperatriz cresce. Igualmente, suas necessidades, seus problemas, as aspirações da sua gente. Agigantam-se as necessidades ante ao avassalador processo de desenvolvimento pelo qual a cidade continua passando. Faz-se necessário, todavia, o surgir de soluções. A Imperatriz dos contrastes, mas liame com o surgir de cenários promissores, apresenta, assim, perspectivas alvissareiras. E efetivas!
A duplicação da Rodovia Belém-Brasília, por exemplo, é uma delas, incontestavelmente, pois culminará com o alargamento da pista e, obviamente, proporcionará melhor fluxo de veículos e pedestres. Passantes [do outro lado da pista e vice-versa] terão facilitados o atravessar do trecho da importante rodovia federal que corta a Imperatriz, de Frei Manoel Procópio [fundador do município] aos dias atuais, cantados em verso e prosa por José Bonifácio, o Zeca Tocantins, e bem escritos por Edmilson Sanches e Adalberto Franklin.
Gigante pela própria natureza, Imperatriz cresceu e continua crescendo. O advento da BR-010 descortinou um “mundo de reais possibilidades” para a cidade, que, até a década de 60, pouco vislumbrava em relação ao seu futuro. Tudo e/ou quase tudo, era uma substanciosa incógnita.
Grande também em extensão, o povo, ávido por mudanças, viu nascer o Movimento Pró-BR-010, no vizinho estado do Goiás. O resultado foi a aprovação de emenda na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2015. Obras também serão realizadas no trecho da rodovia entre Aparecida do Rio Negro e Goiatins. Quero dizer, pois, que conquistas estão sendo anunciadas para Imperatriz e outras cidades.
Trago a baila, a propósito da audiência pública que aconteceu na Câmara de Vereadores de Imperatriz, a afirmativa de Edmilson Sanches assegurando que “não há o que negar: sem a construção da Belém-Brasília, muito raramente Imperatriz, Açailândia, Araguaína, Miranorte, Gurupi e Porangatu, como dizem os livros, deixariam sua condição de ‘pequenos núcleos estagnados’ e cresceriam ‘espetacularmente’”.
Sanches vai mais longe e lembra: “A antigamente – e pejorativamente – chamada ‘estrada das onças’, inaugurada em abril de 1960, é verdadeiramente uma espinha dorsal de 2.070 quilômetros de extensão, atravessando o leste do Pará, o sudoeste do Maranhão, quase todo o Goiás de norte a sul, e o sudoeste do Distrito Federal. A partir dela surgiram outras ramificações, que irrigam a economia e solidificam comunidades. No trecho denominado BR-010, Imperatriz reina, absoluta”.
Constatada e reafirmada à magnitude, além da relevância da BR-10 para Imperatriz [bem como as cidades situadas nas suas margens], asseverar que a Câmara Municipal, por meio da audiência pública, discutirá assuntos vitais inerentes a rodovia federal, é fator preponderante.
O resto, ou seja, o que dirão os céticos, será redundância, fazer “chover no molhado” e tocar no óbvio ululante! A BR-010 faz escoar a produção regional, integrando Imperatriz aos mais importantes centros de desenvolvimentos do País. O então presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, acertou ao decidir construí-la, enviando para cá o engenheiro Bernardo Sayão, que dá nome a uma das principais avenidas da cidade, no bairro Nova Imperatriz, de grande densidade populacional.
A frase a ser pronunciada, portanto, deve ser: “pensar e agir em direção ao futuro”. Imperatriz [e nós] merece o melhor. Esperam-nos um amanhã iluminado pelas luzes alvinitentes do progresso.
“Direcione sua visão para o alto, quanto mais alto, melhor. Espere que as mais maravilhosas coisas aconteçam, não no futuro, mas imediatamente. Perceba que nada é bom demais para você. Não permita que absolutamente nada te impeça ou te atrase, de modo algum”. A frase é de Eileen Caddy.
Que a audiência pública sobre a duplicação da BR-010 alcance os efeitos esperados. Imperatriz cresce e precisa de uma moderna rodovia federal.
As autoridades compareceram. Representantes de agentes envolvidos, também. Que o grito pelas transformações na BR-010 possa ecoar, indo além das fronteiras regionais, sensibilizando governantes e, de fato, fazendo com que as obras de duplicação da rodovia efetivamente aconteçam. Parafraseando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), lembro que “o horizonte está bastante positivo e não adianta vir com fracassomania”.
Traduzindo, ao pé da letra: que a corrente seja uma só. E todos, uníssonos, continuem acreditando nas melhorias há anos esperadas e, sobretudo, prometidas. Para frente, claro, é que se anda!
rprimeiroitz@gmail.com
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