O presidente da Câmara Municipal, José Carlos Soares (PV), no uso da tribuna na manhã de ontem (07), falou sobre reações que viu nas redes sociais e que considerou exageradas e carregadas de falta de conhecimento, relacionadas ao 'dia da panelada' proposto pelo vereador Carlos Hermes (PCdoB).
Zé Carlos fez um breve histórico do Senhor Acrísio Xavier Costa, que veio de Presidente Dutra em 1960 e ficou conhecido como 'ACRISIO PANELADA', por vender apenas esse tipo de comida num carrinho de mão. A comida era considerada burguesa, pois vivia sendo encomendada por pessoas mais ricas. Ficou muito famosa, vinham pessoas de fora comer, o que fez com que seu Acrísio deixasse de vender nas ruas, pois não dava conta. Daí se iniciou a comercialização da panelada por outras pessoas na cidade e tornou Imperatriz conhecida nacionalmente pela qualidade do prato.
Deu como exemplo também o Panetone, que foi criado na Itália por um empresário falido. É reconhecido em seu país, na sua cidade de origem e virou sucesso no mundo todo.
A iniciativa do vereador Carlos Hermes foi baseada em outros lugares no próprio Brasil, onde comidas tradicionais têm seus dias e são conhecidas nacional e internacionalmente como de determinada região, como a feijoada no Rio, o churrasco no sul, o tacacá no Pará, o queijo em Minas e o acarajé na Bahia.
"A Câmara não se preocupa só com as leis, não só com as regras, mas com tudo da cidade, e uma dessas coisas é a nossa panelada, comida tradicional, que faz parte da nossa cultura. Na França comemoram o dia do scargot, uma lesma. E aqui não podemos comemorar o dia do fato do boi? Pois muita gente vive disso e movimenta a economia nesse sentido". José Carlos continuou dizendo que não deixará de prestigiar a cultura gastronômica de Imperatriz porque alguns que não têm compromisso com a cidade vivem de viralizar em redes sociais coisas sem sentido e que em nada contribuem com o município.
Para o vereador-presidente, só quem não conhece Imperatriz faz comentários depreciativos sobre isso, gente que não tem reconhecimento nem conhecimento da história do lugar onde mora.
"Vamos sim criar o 'dia da panelada', vamos fazer competições nas praças, dar incentivos, chamar as pessoas que trabalham na área, os que vivem disso e estão se sentindo prestigiados. Faremos também degustações num grande evento chamado 'a festa da panelada de Imperatriz', para a cidade, para o Brasil e para o mundo". Finalizou reafirmando que tudo isto irá acontecer, pois a lei será aprovada pela casa. (Sidney Rodrigues - ASSIMP)
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