Vista aérea do centro de Imperatriz

Domingos Cezar

O país tomou conhecimento esta semana, por intermédio da imprensa nacional, do Mapa da Violência elaborado e divulgado pelo Instituto Sangari, de São Paulo. O mais interessante da publicação é a relação das 67 cidades brasileiras que apresentaram um índice de mortes maior, ou mais elevado, do que no Iraque, país dominado há anos por uma demorada guerra civil.
Em destaque, as cidades de Simões Filho (BA), em 1º lugar; Campina Grade do Sul (PR), em 2º; a vizinha Marabá (PA), em 3º; Guaíra (PR), em 4º, e Porto Seguro (BA), em 5º lugar. O Mapa da Violência destaca o vizinho estado do Pará no ranking, com 19 das 67 cidades brasileiras mais violentas, seguido do estado da Bahia, que aparece com 9 cidades que matam mais que no Iraque.
O Maranhão, e de maneira especial a cidade de Imperatriz, que já foi apontada como cidade violenta, sendo-lhe conferida o título de “capital da pistolagem”, não está incluído no Mapa da Morte ou Mapa da Violência, do Instituto. Ao contrário, a cidade vive atualmente seu melhor momento nos setores econômico, cultural, social, passando por um momento ímpar do que se denomina de desenvolvimento sustentável.
Satisfeito com esse momento, o prefeito Sebastião Madeira, bem como o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Sabino Costa, tem procurado atrair para o município pequenos, médios e grandes investimentos, os quais têm gerado renda e, sobretudo, emprego para a população. “A pessoa que trabalha não tem tempo para maquinar coisas ruins, daí a importância do trabalho”, afirma Sebastião Madeira.
O gestor imperatrizense também é autor de uma frase que marca o crescimento do município nas áreas da educação e da cultura. “Imperatriz está bombando em termos de cultura”, disse o prefeito durante a realização de uma das edições do SALIMP – Salão do Livro de Imperatriz. Esse megaevento promovido pela Academia Imperatrizense de Letras (AIL) tem sido um dos principais vetores para apagar a imagem de cidade violenta marcada nas últimas décadas.
“Hoje a cidade de Imperatriz é considerada uma das maiores produtoras de literatura de todo o Norte e Nordeste do Brasil”, afirma a presidente da Academia de Letras, professora e escritora Edna Ventura, imperatrizense de nascimento. Para Edna Ventura, a realização do Salão do Livro, que a AIL quer transformar agora em Bienal do Livro, tem estimulado as pessoas, principalmente os jovens, ao saudável hábito da literatura.
“A Câmara Municipal de Imperatriz vem acompanhando atentamente essa mudança e lutando para que a cidade encontre seu verdadeiro caminho, que é da paz e do desenvolvimento”, afirma o vereador Luis Gonçalves da Costa, o Pastor Luis Gonçalves (PDT), que também é funcionário há mais de três décadas do Banco do Nordeste do Brasil. De acordo com Luis Gonçalves, essa mudança de violência para crescimento econômico se deve à força do povo, com apoio das instituições.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Sabino Costa, “hoje só não tem emprego em Imperatriz a pessoa que não quer trabalhar”. Sabino Costa garante que a determinação do prefeito Madeira é de que as pastas de seu governo responsáveis por esse setor estimulem as instituições a aumentar a oferta de cursos profissionais, visando preparar os jovens para o mercado de trabalho, que ora se apresenta, e que tende a crescer no futuro.