Sem a mínima estrutura para hospedar, alimentar, dar suporte de saúde e oferecer qualquer opção de entretenimento para as mais de 2 mil crianças, adolescentes, familiares, técnicos, torcedores e demais pessoas que se mobilizarão para o evento que dura uma semana, a cidade de João Lisboa larga na frente de Imperatriz, na preferência do Governo do Estado, para sediar a etapa regional das seletivas dos Jogos Escolares Maranhenses, JEMS, de 2017, pelo que deixou escapar o secretário de Desportos e Lazer do Estado, Márcio Jardim, durante congresso esportivo realizado no meio desta semana na cidade de Porto Franco.
As seletivas estão marcadas para o período que vai de 7 a 13 de julho e têm como finalidade classificar os representantes regionais (três em cada modalidade), do atletismo, do badminton, basquetebol, beach soccer, futebol, futsal, handebol, vôlei de praia e voleibol. Crianças e adolescentes de 14 municípios se instalam pelo menos um dia antes e por todo o período (dependendo do desempenho) na cidade-sede que deve oferecer pelo menos alojamento, e dispor de opções para alimentação (restaurantes, lanchonetes, pizzarias), estrutura de saúde complexa (para eventualidades e, principalmente, para emergências decorrentes das disputas, quase todas de esporte de contato nos quais as contusões de menor ou de maior gravidade são constantes), e opções de entretenimento que se encontram comumente num shopping center.
Causou estranheza o fato de João Lisboa não dispor de nada dessa infraestrutura mínima e sequer ter sido inscrita como candidata à cidade-sede, mas ser "praticamente anunciada como a escolhida", observou a secretária do Esporte e da juventude, Greyce Lindoso. "Lá não existe nem como se alojar tanta gente, os espaços físicos são mínimos para as disputas e o que vai se ver é o deslocamento arriscado dessas crianças e adolescentes, mais de uma vez por dia, de vans, mototáxis, etc, numa estrada que se torna perigosa pela intensidade do tráfego e pela presença de animais nas pistas" - observa.
A cidade de Imperatriz, além da infraestrutura que se assemelha a de qualquer capital, tem as praças esportivas prontas, quadros de arbitragens de todas as modalidades, hospitais, lanchonetes, pizzarias, sorveterias, shopping centeres, opções das mais variadas para alojamentos e residências de familiares de muitas dessas crianças e adolescentes que virão das outras cidades. "Não existe nenhuma razão técnica para Imperatriz ser preterida. Tirar as seletivas daqui seria expor o evento a uma série de riscos e encarecer muito a participação, inclusive para os familiares dos atletas", lembrou Lindoso. (ASCOM/PMI)
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