Raimundo Primeiro
Representantes de diversos organismos, públicos e privados, participaram, recentemente, da videoconferência do programa “Crack, é possível vencer”, iniciativa do Governo Federal, que tem por objetivo aumentar a oferta de serviços de tratamento e atenção aos usuários e seus familiares, reduzir a oferta de drogas ilícitas, por meio do enfrentamento ao tráfico e às organizações criminosas, e promover ações de educação, informação e capacitação. Lançado em 2011, o programa está orçado em R$ 4 bilhões.
Aberta pela então presidente Dilma Rousseff e pelo ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a videoconferência aconteceu na Agência Estilo do Banco do Brasil (BB), localizada na Avenida Bernardo Sayão, no bairro Nova Imperatriz, e contou com a participação de diversas autoridades do Governo Federal. Em todo o País, o encontro tem o apoio do Banco do Brasil, conforme informações da, na época, superintendente regional da instituição financeira em Imperatriz, Patrícia Requejo. “Estamos dispensando todo o apoio, tanto agora quanto depois, durante o desenrolar do programa”, garantiu.
Transmitida simultaneamente para 26 municípios dos estados do Nordeste, a videoconferência teve apenas dois representantes maranhenses: Imperatriz e a capital, São Luís. Portanto, uma ação que mostra a importância da cidade para o Governo Federal e o quanto é fundamental promover ações que visem o tratamento dos usuários e, principalmente, o combate às drogas em âmbito local.
O encontro serviu também para sensibilizar os órgãos públicos ligados à questão sobre a metodologia do programa “Crack, é possível vencer”. E a Prefeitura de Imperatriz também esteve representada pela Secretaria do Desenvolvimento e Ação Social (Sedes), na pessoa da sua titular, Miriam dos Santos Rocha, que aproveitou para frisar tratar-se de uma iniciativa extremamente relevante. “E o nosso município estará presente, participando de todas as ações, buscando implementá-las”.
Diretores dos diversos programas de assistência social desenvolvidos pela Prefeitura Municipal de Imperatriz (PMI), entre eles Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD), que tem à frente a enfermeira Patrícia Queiroz, participaram da videoconferência. “Sem dúvida, um encontro importante e que vai ser decisivo no trabalho que realizamos em nossa cidade”, afirmou a titular do órgão.
Para a diretora do Programa Saúde Mental de Imperatriz, psicóloga Isabela Godinho, o programa “Crack, é possível vencer” constitui-se numa efetiva força-tarefa de tratamento aos usuários e ao combate às drogas. E que, portanto, deve ser colocado em prática dentro do prazo determinado. “Estaremos inseridos numa grande rede composta por diversos organismos”.
Durante a videoconferência, foi explicado que o próximo passo para que Imperatriz seja contemplada com os recursos e ações do programa vai ser a elaboração de um Plano de Ações para cada município, levando em conta a situação de cada um, com o Governo Federal disponibilizando recursos financeiros a estados e municípios, que poderão aderir ao programa, assumindo contrapartidas e colocando em prática os equipamentos de saúde, assistência social e segurança pública.
Ainda, durante a videoconferência, foi informado que a primeira ação a ser implementada no sentido de que o programa “Crack, é possível vencer” seja realizado em Imperatriz, é empreender esforços para que a cidade possa aderir ao mesmo, já que ele é destinado a todos os municípios com mais de duzentos mil habitantes. E Imperatriz, segundo os números do IBGE, possui 230 mil.
A reportagem de O PROGRESSO levantou que, para municípios com população inferior a duzentos mil habitantes, as adesões ocorreriam a partir de 26 de março. A videoconferência aconteceu buscando um encontro com prefeitos, secretários das áreas de segurança, saúde, assistência social, direitos humanos e educação.
A superintendente do Banco do Brasil (BB) em Imperatriz, Patrícia Requejo, disse ser uma “satisfação receber parceiros para o começo de um trabalho cujos reflexos serão os melhores possíveis para a sociedade”. A instituição financeira reafirma suporte ao desenvolvimento do “Crack, é possível vencer” até a sua concretização. “Indispensável a participação e o apoio de todos, uma vez que a grande meta é promover a atenção integral ao usuário de crack, bem como enfrentar o tráfico de drogas.”
O sargento Ronaldo, representando o 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM) do Maranhão, destacou o trabalho que a PM já realiza em âmbito de Imperatriz com o objetivo de distanciar as crianças das drogas, sobretudo nas escolas, caso do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), por exemplo.
SOBRE O PROGRAMA
Ação sistêmica e integrada nas áreas de saúde, segurança, assistência social, educação e direitos humanos.
Disponibilização de equipamentos e serviços.
Construção de rede de serviços para atendimento a usuários e família.
Estímulo a participação e apoio da sociedade.
Comentários