Geovana Carvalho
Uma caminhada reunindo dezenas de idosos foi realizada nessa terça-feira (27) nas ruas de Imperatriz. Os participantes protestavam contra o crescimento da violência e reivindicavam a implantação da Delegacia do Idoso.
A caminhada faz parte da programação da IX Semana Municipal do Idoso. Na oportunidade, entidades que representam a pessoa idosa denunciaram abusos sofridos pela população idosa de Imperatriz. A secretária de Desenvolvimento Social, Miriam Reis, diz que o principal objetivo é chamar a atenção da sociedade para o problema da violência contra o idoso: “As pessoas devem respeitar, cuidar, dar carinho ao seu idoso. Organizar os espaços da casa para ele poder circular melhor”.
Dona Francisca Ferreira, 72 anos, diz conhecer muitas pessoas de sua idade que sofrem abusos dentro e fora de casa: “A gente precisa de paz na família, eu tô bem na minha casa, mas tem gente que maltrata seu idoso, tenho visto muitos idosos sendo maltratados no ônibus...”.
A manifestação foi idealizada pela Associação Pró-Idoso. Segundo Washington Luís Oliveira, representante da instituição, a principal motivação da caminhada é o aumento dos casos de violência contra o idoso. “Reivindicamos a instalação da delegacia do idoso, para termos estatísticas sobre a violência. Não temos números reais, não há registro específico”, destaca.
Familiares de idosos vítimas de violência compareceram e engrossaram o coro de reivindicações. Reclamações sobre o tratamento dispensado a idosos por empresas de transporte coletivo foram feitas ao prefeito, que prometeu tomar medidas para coibir a prática.
A presidente do Pró-Idoso, Teka Dias, ressalta serem crescentes os abusos contra a pessoa idosa, não só a violência física, mas também a psicológica. Além disso, são frequentes as denúncias de recebimento de aposentadoria por terceiros que chegam ao Pró-Idoso e às outras instituições defensoras da causa. “Buscamos sensibilizar as autoridades para essas questões para ‘juntos’ instalarmos a delegacia. É inadmissível não haver uma delegacia do idoso. Hoje as denúncias chegam ao Conselho, às pastorais e às associações de idosos”.
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