Doralina Marques em palestra para servidores da saúde municipal

Após mais de 15 horas de palestras e rodas de conversa, com vários temas, chega ao fim nesta sexta-feira,30, a maior capacitação já promovida pela Prefeitura de Imperatriz para seus servidores com foco na humanização do atendimento na saúde. A 1ª Semana de Capacitação em Humanização em Saúde, popularmente chamada de "Humaniza Saúde", encerra-se com a entrega de certificados no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, Semus, programada para às 9h.
Desde a abertura, o evento vem reunindo centenas de servidores que abraçaram a capacitação e se comprometeram em fazer sua parte para o melhor atendimento dos usuários do Sistema único de Saúde, SUS.
Após doze palestras, duas rodas de conversa e algumas atividades a coordenação tem boa impressão de tudo que aconteceu, as reações do público e acima de tudo a troca de experiências dos profissionais e o que tudo isso representa para o objetivo final: a humanização. 
"O balanço geral é de que estamos muito satisfeitos porque conseguimos atingir nosso objetivo, com salas lotadas e servidores satisfeitos com as palestras. Temos certeza que a partir de agora as pessoas capacitadas vão olhar com outro olhar para nossos usuários do SUS", avaliou a secretária adjunta da Semus, Mariana Jales.
Mariana destacou que em treinamentos de pessoal os resultados costumam ser percebidos gradativamente com os participantes colocando em práticas seus novos conhecimentos.
A coordenadora da Rede de Saúde Mental, Kátia Carvalho ressaltou a grande participação de servidores, como das equipes coordenadas por ela. 
"O melhor deste Hunaniza Saúde é a mudança e como a doutora Mariana falou que vai ser gradativamente, hoje já percebemos que as pessoas já estão mais humanizadas, falando diferente. Alguns pessoas se identificaram com o que os palestrantes falaram, então é gradativo, mas também, instantâneo", avaliou Kátia Carvalho que lembrou "a humanização também é uma coisa que está dentro da gente".
Coordenadora da área de saúde bucal, Amanda Tomich espera que a capacitação seja colocada em prática logo. Ela lembrou que na área de saúde praticamente todos as pessoas que buscam atendimento têm pressas, mas no caso da saúde bucal é necessário um esforço extra porquê, na maioria das vezes, quando o paciente procura o serviço está sentindo muita dor.
"Uma pessoa que procura atendimento com dor de dente chega agitado, mal humorado, então a gente precisa saber atender, precisar ser bem humano", observou.
Como médico, coordenador do SAMU Regional de Imperatriz, Alexsandro Freitas teve oportunidade de falar um pouco de sua experiência profissional na saúde para servidores. Quando procurado sobre o que espera, a partir de agora, do "Humaniza Saúde" foi direto. "Esperamos que os servidores tenham entendido, compreendido e coloquem em pratica o que foi abordado nas palestras que não são nada mais do que ser educado, respeitoso, saber acolher e direcionar o usuário".
Diretora do Hospital Municipal de Imperatriz, HMI, o maior hospital de emergência do Sul do Estado, Marília Carvalho aprovou a capacitação da qual participaram mais da metade dos 1.100 servidores.
"Essa capacitação foi para todos os servidores da saúde, no entanto dentro do hospital temos um grupo de humanização do hospital, onde estamos seguindo um cronograma de reuniões, treinamentos e capacitações para acabar essa cultura de que as pessoas têm de que os servidores do hospital não sabem atender", concluiu Marília Carvalho.
Com seus conhecimentos e experiências, cada um dos palestrantes prenderam a atenção dos servidores. Não faltaram exemplos da vida profissional como aconteceu com a enfermeira Doralina Marques, uma veterana no Sistema Único de Saúde.
"A nossa experiência é de vida, de conhecimento técnico e também de saúde humanizada, porque não adianta você ser um excelente profissional se você não tem uma boa relação com seu paciente e seu colega de trabalho", disse. 
Para a servidora, que também é sanitarista e com especialização em administração hospitalar, nos dias atuais a humanização é fundamental. "Sou auditora, sei auditar e sei fazer muita coisa, mas não adianta eu saber de tudo isso se eu chego e não cumprimento minha equipe, não desenvolvo a questão do elogio, apenas cobro. Então me torno um elemento antipatizado e o paciente quer um atendimento individualizado e mesmo com seus problemas, você tem que sentir que aquele ser humano está precisando de você". (João Rodrigues - Ascom)