O prefeito Sebastião Madeira observa que “em uma distância de 400 quilômetros, Imperatriz é praticamente a única cidade que a saúde pública funciona, inclusive prestando atendimento em alta complexidade”.
Ele lembra ainda que a secretária municipal de Saúde (Semus), Conceição Madeira, começou a gestão do Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), o Socorrão, com apenas 220 leitos e apenas 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Madeira enfatiza que o hospital dispõe atualmente de 400 leitos, dobrando a capacidade de atendimento, bem como triplicou a quantidade de leitos de UTI, de 10 para 30 unidades.
O prefeito assegura que “todos os serviços de saúde estão funcionando regularmente em Imperatriz, dinamizando o pronto atendimento à população dos bairros e povoados e até de municípios circunvizinhos das regiões sudoeste do Maranhão, norte do Tocantins e do sul do Pará”.
Questionamento – Ele também questionou ação proposta pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) para que o município realize reforma completa no prédio do hospital Socorrão.
“Esse hospital [Socorrão] funciona em prédio alugado, cuja reforma custaria R$ 10 milhões. E, se o município fizer, o promotor da Improbidade Administrativa executa outra ação dizendo que gastei recursos em uma obra que não é do município de Imperatriz”, explicou.
O prefeito Madeira considera o assunto complexo - e reconhece que não tem nenhum prefeito ou secretário que sairá de uma pasta, como o da saúde, sem problemas - devido à complexidade para contratação de serviços profissionais de saúde.
“Cito como exemplo: você contrata um médico neurocirurgião para operar no hospital, pois o preço que o SUS paga para fazer uma neurocirurgia é do valor de um mecânico consertar uma motocicleta”, compara ele, ao lamentar a pouca quantidade de profissionais nesta área.
Madeira ressalta que a alternativa é contratar profissionais por um valor maior para prestar esse atendimento à população de Imperatriz. Porém, quando vem uma auditoria do Ministério da Saúde, diz que você pagou acima da tabela do SUS. “Eles entregam o documento para a Procuradoria Geral da República (PGR), que ingressa com uma ação de improbidade contra o gestor municipal acusando-o de desvio de recursos”, disse.
O prefeito reitera que “a gestão teve boa intenção de fazer a saúde funcionar, mas ao final acaba tendo que se defender na justiça e mostrar que para funcionar precisou fazer aquilo, dependendo do julgamento do juiz”. “No futuro, quem tiver juízo não vai querer ser prefeito, pois é o caminho da pessoa entrar em uma roda viva, sem volta”, finalizou. (Gil Carvalho / ASCOM)
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