Clidenor Plácido atendeu à imprensa
Mudança deve desafogar os corredores do hospital

Hemerson Pinto

A informação foi repassada à imprensa em uma entrevista coletiva realizada na manhã de ontem no auditório do Hospital Regional Materno Infantil, pelo diretor Clidenor Plácido. O médico afirmou que desde o dia 1º de outubro deste ano o acompanhamento pré-natal de risco habitual e exames de ultrassom são repassados ao município, que atende à demanda com a estrutura disponível nos postos de saúde.
“O hospital é referência para média e alto risco, por isso o pré-natal de risco habitual é da alçada da atenção básica de cada município. A gente vinha fazendo isso ao longo do tempo porque o município não estava organizado para atender suas gestantes de risco habitual. O município está preparado e agora chegou o momento”, declara o diretor da maternidade.
Clidenor Plácido informou que há muitos anos a direção do hospital negocia com o município a possibilidade da transferência do pré-natal de risco habitual (quando a paciente não apresenta sérios riscos na gravidez) para a Atenção Básica de Saúde. “Eles foram se adequando, e nos últimos 90 dias nós ultimamos essa mudança”, reforça. Gravidas de outros municípios também devem buscar o atendimento de baixa complexidade em suas cidades de origem.
Com números do mês de agosto, a direção do Hospital Regional Materno Infantil afirma que 9.495 mulheres grávidas foram atendidas no período de 30 dias. Cerca de 60% desse total, ou seja, 5.690 atendimentos foram dispensados a pacientes de risco habitual, casos que agora são de responsabilidade dos municípios. Alto e médio riscos, o que realmente deve ser encaminhado ao Materno Infantil, foram 3.805 registros. Na demanda de risco habitual existe possibilidade de vários atendimentos à mesma pessoa.
Com o pré-natal feito nos postos de saúde, as informações do acompanhamento, junto com exames de imagens e laboratório, serão encaminhadas no momento da vinda da futura mamãe para o hospital, que é a única maternidade pública da região e realiza entre 580 e 700 partos por mês.
O diretor do Hospital Regional acredita que a transferência de atendimentos de risco habitual para a Atenção Básica de Saúde dos municípios deve melhorar o atendimento na maternidade para mulheres que enfrentam situações de alto risco durante a gravidez.