A secretária municipal de Saúde (Semus), Conceição Madeira, já autorizou a construção de mais uma sala para pacientes em processos cirúrgicos no Hospital Municipal, o Socorrão. Ela justifica que a meta é atender à demanda reprimida por cirurgias eletivas no maior hospital público da região.
“Nós realizávamos aproximadamente 600 procedimentos [cirurgias de emergência e eletiva] mensalmente no hospital Socorrão. Esse número deverá triplicar, uma vez que a demanda é muito grande, ressalta a secretária de Saúde.
Da equipe da secretária Conceição Madeira, o coordenador do Sistema de Regulação (Sisreg), Irisnaldo Félix, ressalta que o aumento do número de cirurgias eletivas, inclusive com o incremento de novas salas para a realização de procedimentos cirúrgicos, é considerado bastante positivo, pois reduzirá consideravelmente a grande quantidade de pacientes que aguardam para realizar cirurgias no hospital.
“O governo Madeira implantou esse sistema de regulação que conseguiu reduzir consideravelmente o número de pessoas nas filas que aguardam para marcar exames de alta complexidade ou cirurgias eletivas”, informa.
Já o diretor do Hospital Municipal de Imperatriz, Alisson Mota, disse que o prefeito Madeira e a secretária de Saúde têm demonstrado uma preocupação muito grande com a qualificação dos profissionais que atuam na saúde e dando-lhes condições de trabalho.
Neste mês de fevereiro, revela Alisson Mota, a direção do Hospital Municipal encaminhou seis profissionais (cozinheiras) para um curso de qualificação. É com esse propósito que a gestão pretende melhorar ainda mais a qualidade da comida que é servida aos pacientes, acompanhantes e servidores do municipal.
Mesmo com a limitação de alguns serviços para pacientes de outras cidades da região, os números aferidos pela direção do Hospital Municipal atestam que 50% dos pacientes internados ali são de outras cidades, algumas sem nenhum tipo de pactuação com o município. Isso quer dizer que o imperatrizense termina bancando, sem retorno algum, o tratamento médico deles.
“A secretária de Saúde, Conceição Madeira, tem buscado alternativas para resolver os problemas ocasionados pela invasão de pacientes de outras cidades e até de outros Estados que buscam atendimento aqui”, comentou Alisson Mota.
No final do ano passado, o Hospital Municipal atendeu ao deputado federal Chiquinho Escórcio, uma das lideranças que tem buscado recursos para a saúde de Imperatriz. Na oportunidade, Chiquinho Escórcio disse ter sido muito bem atendido. “Se fosse para um hospital particular, demoraria muito mais”, explicou.
Chiquinho chegou a tirar fotos com os médicos e enfermeiros do Socorrão e disparou: “Não senti diferença nenhuma do atendimento público para o particular. Com os investimentos que o governo Roseana tem feito na saúde e os recursos que estamos buscando junto ao governo Federal com o prefeito Madeira, as coisas têm avançado muito, posso dizer que a melhoria é de 100%”, comentou na época o deputado.
Alisson citou os números dos últimos anos quando em 2010 fechou um recorde de atendimento. Segundo ele, 157.417 pacientes foram atendidos naquela unidade de saúde, números esses que se repetiram em 2011.
No final do ano passado, o prefeito Madeira, por intermédio da Secretaria de Saúde e em busca de alternativas que possam melhorar o sistema de saúde do município, promoveu uma reunião com o secretário de Estado, Ricardo Murad, para tratar do tema.
O evento contou com autoridades como Conceição Madeira (secretária de Saúde de Imperatriz); a promotora de Justiça Nahyma Ribeiro; o deputado federal Chiquinho Escórcio e os deputados estaduais Antônio de Pádua (dr. Pádua), Léo Cunha, Carlos Amorim e Valéria Macedo, além de prefeitos e secretários de diversos municípios da região.
No encontro o prefeito Sebastião Madeira defendeu a necessidade de se encontrar uma solução para o problema da saúde. Segundo ele, Imperatriz vem pagando a conta do atendimento prestado a mais de 60 municípios. Além disso, as cidades escolhidas como polos de média complexidade e que devem atender aos municípios de suas microrregiões ainda não possuem estrutura suficiente para suprir a demanda.
“Nos 42 municípios [que Imperatriz deve atender] há mais quatro polos de média complexidade: Porto Franco, Balsas, Grajaú e Açailândia. Cada um destes polos deve atender sua microrregião. O que de fato acontece é que as pessoas vêm [para estes polos], não são atendidas e são encaminhadas para Imperatriz. Nós não recebemos recursos para isso, mas somos obrigados a atender”, explicou.
Diante da situação, o secretário Ricardo Murad acelerou a entrega da UPA/Imperatriz e disse que alguns dos municípios que deveriam oferecer atendimento à microrregião não possuem a estrutura mínima para isso e, por esta razão, encaminham seus pacientes a Imperatriz. Segundo ele, a obrigação do desenvolvimento desta estrutura é dos municípios, contando, apenas, com o apoio do Governo do Estado e do Ministério da Saúde. (Comunicação)