Hemerson Pinto
No último domingo, uma família imperatrizense recebeu a notícia da morte da matriarca. A aposentada Maria Lídia, 74 anos, foi internada no Hospital Municipal de Imperatriz na última sexta-feira, quando foi levada a uma Unidade de Tratamento Intensivo do Socorrão. Após a informação, o clima de tristeza tomou conta dos parentes e de vizinhos, que aos poucos começaram a se reunir na casa localizada na Rua São João, bairro Vilinha.
Os preparativos para o funeral começaram a ser feitos e os familiares de outras cidades e até de outros estados foram mobilizados e iniciaram a viajem para Imperatriz, para o último adeus a dona Maria Lídia.
Horas depois, quando o veículo da funerária chega à residência para deixar o caixão com o corpo, a comoção surge no rosto dos presentes. Dezenas de pessoas se aproximaram para acompanhar a abertura do caixão. Quando a tampa da urna foi retirada, a surpresa: não era dona Maria Lídia. Alguns vizinhos e até o próprio marido, seu Antônio, também com mais de 70 anos, ainda acreditaram que se tratava da aposentada e que por algum motivo o corpo aparentava mudanças.
Um dos parentes tomou a decisão de retirar a meia de um dos pés da mulher que estava dentro do caixão. “Dona Lídia teve um dos dedos dos pés amputado há algum tempo”, lembra, ao conversar com O PROGRESSO, na noite de domingo. Confirmado: o corpo era mesmo de outra pessoa. Susto, revolta e a preocupação em saber o que tinha acontecido com dona Maria Lídia.
A família procurou a funerária que levou o corpo até o endereço no bairro Vilinha. Os funcionários entraram em contato com o Socorrão e souberam que dona Maria Lídia estava viva, inclusive já havia saído da UTI. A empresa retornou ao endereço e recolheu o corpo, que era de uma mulher do município de Arame.
Segundo a família da mulher que está viva, o documento preenchido no hospital, atestando a morte da mesma, tinha todas as informações sobre Maria Lídia.
O PROGRESSO tentou manter contato com a direção do hospital, mas não houve resposta.
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