No começo do século XX, devotos de Bom Jesus, sob a liderança do casal Antônia e Antônio Calixto, construíram uma capelinha com o objetivo de congregar e realizar suas devoções. A pequena capela foi erguida na então Rua Grande, hoje XV de Novembro.
Conta a historiadora Zequinha Moreira que, após a morte do casal, outros devotos deram continuidade aos festejos, mas aos poucos a capelinha foi ficando abandonada, quase desmoronando. Foi então que o casal Olívia e Simplício Moreira, em 1933, reconstruiu e ampliou o templo.
A partir de então, Simplício Moreira e sua família assumiram a direção dos festejos, cujo novenário se dava no período de 06 a 15 de agosto, com as missas sendo celebradas pelos frades capuchinhos. A novena encerrava dia 15, no dia da Assunção de Nossa Senhora.
Ao iniciar as festividades religiosas e sociais, um mastro era conduzido da BR-010 até a igreja, carregado nos ombros dos fiéis, quando então acontecia a solenidade do levantamento do mastro. Encerrando os festejos, o mastro era derrubado e a bandeira era retirada e entregue à madrinha.
Mas o festejo não se resumia à parte litúrgica. Ao término de cada celebração, as pessoas se divertiam no pátio da igreja. Bancas de venda de bebidas, café e bolos diversos eram distribuídos às margens da rua, quando havia pouca movimentação de veículos.
O músico oficial da festa era o sanfoneiro Virgílio Neves, mas outros músicos, a exemplo de Rubens Garcia e Otacílio Costa e Silva, também fizeram a festa dos fiéis. Em 15 de agosto encerrava-se a novena com a missa cantada em latim, pela manhã. À tarde, a procissão, culminando com a noite dos juízes. (Domingos Cezar - Ascom)
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