Domingos Cezar
A tão propalada hidrovia da bacia Araguaia/Tocantins volta a ser debatida entre as classes mais interessadas: os empresários que formam o consórcio e os ambientalistas. O evento se realizou na manhã desta quarta-feira (28), no auditório do Centro de Convenções de Imperatriz, com a efetiva participação de diretores da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz – ACII.
Apresentado pelos engenheiros José Carlos Cesar Amorim e Fábio Esperança, o projeto de estudo de viabilidade, técnico, econômico e ambiental da bacia Araguaia/Tocantins é formado pelo consórcio que integra as empresas R. Peota (projeto de construção de portos), Hidrotopo (empresa de drenagem) e Enefer (Consultoria e Projetos).
O estudo de viabilidade técnica contém projetos básicos de engenharia para sinalização da margem e balizamento, drenagem e derrocamento da hidrovia dos rios Tocantins e Araguaia. Tem como objetivo, a justificação da alternativa mais viável para a sociedade dentre as possíveis soluções elencadas preliminarmente visando resolver problema de infraestrutura de transportes.
No entendimento do engenheiro José Carlos Amorim, a hidrovia Araguaia/Tocantins objetivando o escoamento de produção variada da Amazônia Legal é a solução de transporte viável e barato para o país. Ele mostrou através de gráficos que o transporte fluvial e marítimo tem infinitamente custos mais baixos que o transporte rodoviário e ferroviário. “O país ganha muito com essa modalidade de transportes”, garante.
Um levantamento de dados feito pela empresa quer saber qual a carga efetiva produzida na região, a carga com real possibilidade de migrar para a hidrovia, a capacidade local real de armazenamento, condição das vias de escoamento da rede ferroviária, preços de fretes praticados nos modais, o volume de passageiros em potencial para hidrovia, tipo de carga e volume, entre outros.
O consórcio estuda com seus técnicos a geometria da calha dos rios, a topografia das margens, a batimetria dos rios, e a definição dos tipos de embarcações, volume, fluxo e tráfego. As empresas consorciadas se comprometem a desobstruir o leito dos rios, mover pedrais se necessário for, para que as embarcações possam navegar com segurança.
Por sua vez, o titular da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Meio Ambiente – Sepluma, engenheiro Richard Seba Caldas, observou que o rio Tocantins possui a maioria absoluta das hidrelétricas. De acordo com o secretário, apesar de contar com uma verba de R$ 1 bi, a eclusa de Estreito nunca foi construída. “E isso nos leva a crer que a navegação será feita pelo rio Araguaia, em detrimento do Tocantins”.
Presenças – Participaram do encontro o secretário de Meio Ambiente, Richard Seba Caldas; o promotor de Meio Ambiente, Jadilson Cirqueira, a presidente do COMMAM, Ivanice Cândido, o diretor a UEMA, professor Expedito Barroso, o gerente/regional do Sebrae/Imperatriz, Danilo Lisboa, o presidente da Colônia de Pesca Z-30, Salomão Santana, os diretores da ACII, Jairo Oliveira e Alair Chaves de Miranda, entre outros.
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