O alto índice de pessoas portadoras da hanseníase em Imperatriz, tem preocupado autoridades do Ministério da Saúde. O alerta foi dado ontem pela enfermeira Dulcinéia Oliveira, da Universidade de Uberlândia, que está pela segunda vez na cidade, para o lançamento do Dia D na prevenção desta doença.
Ontem pela manhã, acompanhada do coordenador do setor de controle e prevenção do município, Francisco Cutrim, anunciou que por todo decorrer da semana, de 8 a 12 de agosto, será intensificado o trabalho de prevenção na população imperatrizense.
Neste período, os postos de saúde estarão realizando exames e aplicando vacina nas pessoas que moram ou tem contato com portadores da doença. “A nossa preocupação é no sentido de evitar que outras pessoas sejam contaminadas pela bactéria. Por isso será de suma importante que estas pessoas procurem os postos de saúde para serem medicadas, e desta forma a gente conter o alto crescimento de portadores de hanseníase em Imperatriz”.
De acordo com Francisco Cutrim, Imperatriz ocupa o primeiro lugar no Nordeste em número de portadores de hanseníase e acredita que este percentual, deve-se à falta de informação e interesse das pessoas em procurar os serviços públicos de atendimento, afim de que sejam consultados e curados. “A hanseníase tem cura, mas é preciso que as pessoas procurem atendimento e os postos de saúde estão prontos para atender aos portadores ou as pessoas que moram junto com eles”.
Os especialistas informam ainda que a hanseníase não passa para outra pessoa no contato, relação sexual e sim pelo ar que as pessoas respiram. “Por isso a preocupação em atender as pessoas que convivem em suas casas com quem já tem a doença. Isto porque, serão os próximos a estarem com a bactéria, em função de respirarem o mesmo ar”. Mais de 385 pessoas foram notificadas com a doença, conforme relatório dos órgãos de controle e prevenção, um número alto. “ Sem sombra de dúvidas, estes números são elevados para uma cidade do tamanho de Imperatriz, superando inclusive cidades como Belém, que teve registro abaixo da metade da nossa cidade”, afirmou. A hanseníase não mata, mas provoca sérios danos a saúde dos seus portadores, levando inclusive a perda de membros e da visão, por este motivo é importante que seja tratada o quanto antes. (William Marinho)