Sálvio Dino
Damos hoje continuidade à nossa tomada de posição contra os que querem, a todo custo, sangrar, pelas costas, o nosso patrimônio cultural (esporte/lazer). Em outras palavras: enfartar o coração do desportista/amador que é, sem sombra de dúvida, o próprio coração do esporte amadorista imperatrizense.
É doloroso dizer-se: esquecem, eles! Sim, fazem vista grossa aos princípios constitucionais que proclamam, alto e a bom som: a modernização do esporte e sua defesa como instrumento da cidadania são os dois eixos do governo federal destinados ao setor. Para tanto, são desenvolvidos inúmeros programas de promoção da prática esportiva, em parceria com instituições governamentais e não governamentais (estaduais e municipais), não dissociadas da política educacional em comunidades de baixa renda.
Outro salto qualificativo foi o PROGRAMA ESPORTE SOLIDÁRIO, concebido como instrumento auxiliar no processo de desenvolvimento integral da criança e do adolescente, além de contribuir para o processo de construção da cidadania, entendida esta como participação política, solidariedade, bem como de ascensão social.
Ora, não vejo a velha praça esportiva do DNER, do ângulo do Meu Eu - Poético: um encantador recanto da ribeira do Cacau, cercado no céu azulado, de verde por todos os lados, sendo, por consequência, um dos belos CARTÕES POSTAIS de nossa Imperatriz. Vejo-a, sim, no meu Eu - Discursivo, não tão somente entre palavras encantatórias, mas, neste momento histórico da terra do frei, de tantas explosões desenvolvimentistas, como o local ideal destinado, cada vez mais às atividades direcionadas, através de Módulos Especiais para todas as idades, com vistas voltadas, em especial - às práticas de caráter socioeducativo e ou de natureza recreativa , desportiva, artísticas e cultural.
Com certeza, bem aí está a razão maior de nossa participação em defesa da velha e querida Praça Esportiva do DNER que querem arrastá-la, de roldão pelo rio Cacau, rumo das águas caudalosas do nosso Tocantins. Não, não, isso não permitiremos, de braços cruzados, todos nós, deste Pequeno - Grande Pedaço Esportivo imperatrizense. Estamos, sim, de lança em punho na África de nossos ideais de Guerreiros da boa cidadania. Como fiquei, satisfeito e orgulhoso, quando na última sexta fui, sentir, bem, de perto, o clima de luta dos Guerreiros (Peladeiros do DNER) em defesa do nosso Templo Sagrado: o velho campo que vem desde os primórdios da saudosa Rodobrás (canteiro maior de obras da construção da Belém-Brasília, mercê da visão de estadista do sempre lembrado JK). Que beleza! João Jacob, Chico Brasil, Dr. Benes, Tomé e tantos outros "peladeiros", de primeira linha, jogando, com fôlego, de jovem e, mais ainda, dispostos a derramar mais suor, em defesa da bem amada Praça Esportiva.
A luta, já, sim senhor, começou. Estamos nos reunindo e traçando planos de ação... Lutaremos em dois campos apropriados: o administrativo e o jurídico. No primeiro, buscaremos pelos meios suasórios, inclusive a lavratura de termo de Cooperação Mútua (ou outro mais adequado), envolvendo Associação dos Peladeiros Desportistas, Prefeitura Municipal de Imperatriz, Poder Judiciário Trabalhista e Ministério do Esporte. Na área da justiça, se for o caso, com apoio do Papa do Direito Municipal Brasileiro, Hely Lopes Meireles, ingressaremos, em juízo com a competente ação desapropriatória da área questionada. Estamos, sim, trabalhando, como se diz e com propriedade,lá no meu sertão: "pra frente é que as malas batem".
Publicado em Cidade na Edição Nº 14814
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