Vigilantes decidiram aceitar proposta e evitar a greve

A desistência do movimento paredista dos vigilantes da região Sul do estado foi anunciada na manhã de ontem, sábado. Antes, na sexta-feira, o sindicato da categoria afirmou que a greve deveria começar na manhã de segunda-feira, 16 de março. Em pouco mais de 1 hora de reunião com cerca de 180 trabalhadores, a categoria decidiu aceitar a proposta de reajuste salarial de 7,5% e o aumento de R$ 13,50 no vale alimentação, por dia trabalhado.
Foi a mesma proposta apresentada pelo sindicato patronal em audiência mediada na sexta-feira pelo Ministério Público do Trabalho. No momento, a categoria anunciou a greve, mesmo depois de decidir por uma reunião para tratar melhor sobre o assunto. Durante o debate, os vigilantes optaram por aceitar a proposta, observando que uma paralisação poderia resultar em sérios prejuízos à sociedade.
“Foi um avanço significativo diante das propostas que foram lançadas anteriormente. Inclusive, em São Luís a categoria já havia decidido por aceitar 7,2%, mas como aqui em Imperatriz houve resistência, forçou uma oferta maior que chegou aos 7,5%. Na segunda-feira teremos uma reunião em São Luís com o sindicato patronal para selar essa convenção trabalhista para 2015”, explicou o advogado do Sindicato dos Vigilantes no Sul do Maranhão, Ivo Leão.
Segundo a assessoria jurídica da entidade, a categoria repensou os prejuízos que a população poderia sofrer diante da paralisação, pois alguns serviços poderiam ficar prejudicados em setores públicos e privados.
Os vigilantes que prestam serviços na Caema e na Univima em Imperatriz já estavam com atividades paralisadas há mais de três meses por falta de pagamento, voltam ao trabalho. Segundo o sindicato, as empresas devedoras firmaram acordo para realizar o pagamento nos próximos dias.

Alvarás – O advogado Ivo Leão aproveitou a conversa com O PROGRESSO para anunciar o que a entidade considera uma conquista: a expedição de 99 alvarás pela Justiça que garantem a um número igual de vigilantes o direito a receber benefícios que não eram depositados por suas respectivas empresas, como o adicional de periculosidade na intrajornada e não pagamento de hora extra. “Eram direitos que não estavam sendo pagos pelos trabalhadores. São conquistas dos trabalhadores e do sindicato”, reforça. Nos próximos dias, segundo o advogado, o número de alvarás liberados pela Justiça para beneficiar os trabalhadores da categoria pode chegar a 110. (Hemerson Pinto)