A população de 22 municípios e 53 localidades rurais das regiões de saúde de Balsas, Barra do Corda, Imperatriz, São João dos Patos e Rosário foram vacinadas contra febre amarela. A ação do Governo do Estado é realizada pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com as prefeituras municipais e visa evitar surtos da doença no Maranhão.
O reforço de vacinação contra febre amarela foi iniciado no dia 28 de janeiro com o envio de cinco equipes da Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde (SES), para as regiões de saúde de Balsas, Barra do Corda, Imperatriz, São João dos Patos e Rosário com a finalidade de aumentar a cobertura vacinal destas zonas consideradas endêmicas (áreas silvestres, mata, zonas rurais) no Maranhão.
As equipes destacadas para garantir a imunização de pessoas nas áreas rurais dos municípios prioritários são formadas por veterinários, enfermeiros, vacinadores e técnicos, que contam com o apoio logístico de dez veículos disponibilizados pelo Governo do Maranhão como parte da estratégia de garantir a vacinação, considerada a forma mais eficaz de prevenção contra a febre amarela.
Segundo a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Maria das Graças Lírio, o trabalho das equipes de epidemiologia integra um esforço maior das autoridades para erradicar a doença e continuará até o fim dos surtos pelo país. “A perspectiva é que estas ações permaneçam pelo tempo necessário, com o revezamento das equipes de saúde da SES, até que se resolvam os surtos que ocorrem no País. Informamos que até o momento, o Maranhão permanece sem nenhum caso de febre amarela”, ressalta.
Ações em cinco regiões de saúde
Durante o período de 29 de janeiro a 2 de fevereiro, as equipes da Superintendência de Epidemiologia e Controle de Doenças vacinaram 870 pessoas, além de realizarem ações de busca ativa que resultaram na identificação de dois casos de epizootias de Primatas Não Humanos (morte de macacos), sendo um no município de Alto Parnaíba e um no município de Carolina. Os óbitos dos animais foram investigados, mas nenhum indicio que apontasse para casos de febre amarela foi identificado.
A chefe do Departamento de Imunização da SES, Helena Almeida, disse que nas áreas de notificação de morte de macacos, as secretarias de saúde foram orientadas a vacinar preventivamente as pessoas não vacinadas. “A forma mais eficaz de prevenção é a vacina, administrada em dose única a partir dos 9 meses de idade. A imunização oferece total proteção contra a doença, que pode ter curta duração ou evoluir para formas graves e levar até mesmo à morte”, alertou.
Em 2017, o Governo do Estado distribuiu aos municípios 711.230 doses de vacina com insumos (seringas e agulhas). Até 1º de fevereiro de 2018 já foram distribuídas 77.700 doses, estando todas as regionais de Saúde abastecidas.
A febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, transmitida por mosquitos pertencentes às espécies Aedes aegypti e Haemagogus infectados por um arbovírus do gênero flavivírus. A doença é de curta duração, no máximo dez dias, e tem gravidade variável.
Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, calafrios, vômito, dores no corpo e náuseas. Nos casos mais graves há hemorragias, além de olhos e pele ficarem amarelados. A vacina é gratuita e está disponível nas salas de vacinação dos postos de saúde do Maranhão.
Por estar na área de recomendação de vacina desde de 1994, as ações de imunização estão disponíveis permanentemente durante todo o ano, não devendo faltar vacinas, agulhas e seringas nos postos para o atendimento de rotina. Vale lembrar que é necessário apenas uma dose durante toda a vida. (Michel Sousa – Secap)
Quem deve se vacinar?
Crianças maiores de 9 meses já devem ser vacinadas
Pessoas que irão viajar para locais de risco no país (10 dias antes)
Pessoas que irão viajar para países que exigem o certificado internacional de vacinação - 10 dias antes
da viagem
Pessoas que nunca se vacinaram ou que não tem comprovação da vacina
Casos especiais que precisam de avaliação e indicação médica: Grávidas em qualquer idade gestacional
Mulheres que estão amamentando até 6 meses
Idosos acima de 60 anos
Pessoas em tratamento de câncer
Pessoas com doenças como: aids, lúpus, diabetes e outras doenças crônicas
Pessoas que fizeram transplantes de órgãos
Alérgicos a ovo
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