A Associação dos Deficientes Físicos de Imperatriz (ADI) existe desde 1986. Entretanto, esteve desativada devido ao falecimento do ex-presidente e, também, por uma pendência judicial em vigor. Somente em 1997 ela foi reativada e colocada em dia, quando Siderley Gonçalves Amaral assumiu a presidência por dois mandatos. Posteriormente, em abril de 2012, houve nova eleição, na qual Oton Reis conquistou a maioria dos votos e, assim, foi empossado como novo e atual presidente.
Segundo Oton Reis, as dificuldades são muitas, porque hoje as pessoas com deficiência buscam seu espaço incessantemente. “Muitas vezes você conquista um benefício e aquele que você conquistou antes é desfeito. Não obstante a isso, as pendências estão aí. De acordo com as necessidades dos deficientes, isto quer dizer que a gente vai correndo atrás e as medidas vão se enquadrando aos poucos”, afirma Oton Reis.
Reivindicações da categoria
“Hoje, nossa briga maior é com relação ao respeito do direito do deficiente. Isto porque as leis existem, mas não são aplicadas. São ônibus que não possuem adaptação e, quando têm, as pessoas não estão preparadas para operá-los, chegando a argumentar que o sistema não está funcionando. Além disso, as lojas não têm acessibilidade, sem falar nas calçadas, que raramente possibilitam o trânsito. Bancos, supermercados e órgãos públicos também precisam deslocar funcionários para o atendimento, porque não estão preparados para o atendimento normal. Vagas para deficientes em estacionamentos têm que ter cones, porque também o cidadão não respeita. Aí entra a questão cultural, que é muito forte aqui. “Temos que amadurecer primeiro a mentalidade das pessoas e aí ela vai começar a respeitar o deficiente físico. A partir daí, tudo vai se encaixando naturalmente”, reflete Oton Reis.
Sensibilidade do prefeito
Mas nem tudo são dificuldades. Existem pessoas comprometidas com a sociedade, sensíveis aos seus problemas. Uma delas é o atual prefeito de Imperatriz. Logo no começo da gestão do prefeito Sebastião Madeira, em 2009, o ex-presidente, Siderley, em audiência com a então secretária de Saúde, Conceição Madeira, obteve abertura para uma série de conquistas para os deficientes. Oton Reis destaca que jamais, em mandato algum, na história de Imperatriz, um prefeito havia dado importância para os deficientes físicos. “É aquela história, dizer ‘nós estamos do lado de vocês’, e não dar uma prova concreta de que realmente queria ajudar, é muito fácil”, diz Oton Reis.
O prefeito Sebastião Madeira foi um dos grandes incentivadores para as diversas conquistas obtidas pelos deficientes físicos. “Ele sentou-se à mesa com o Siderley, discutiu sobre o que poderia estar fazendo para melhorar a vida dessas pessoas com deficiência, teve a sensibilidade para tratar o assunto”, diz Oton Reis. Ele lembra que, na época, a dificuldade com o cartão do Sistema Único de Saúde (Sus) era muito grande, porque havia uma centralização no Posto de Saúde dos Três Poderes.
A primeira medida do prefeito Madeira foi o desmembramento do cartão do Sus do Três Poderes. O fim da polarização e consequente diversificação para os bairros já significou um grande avanço para os deficientes de Imperatriz. A mobilidade já se tornou mais fácil a partir daí.
Parceria
“Nós temos muito a agradecer ao prefeito Madeira por ter feito uma parceria entre o poder público municipal e a Associação dos Deficientes de Imperatriz. Isso foi um grande ganho para a Associação”, afirma Oton Reis. Segundo ele, o principal foi o ganho na qualidade de vida para a pessoa com deficiência.
A acomodação é um entrave para o deficiente físico. “Muitos pensam assim: ‘ele já ganhou o benefício, agora já não há como fazer muita coisa mais!’. Ledo engano”, diz Oton Reis. “Hoje nós estamos com 11 pessoas inseridas no mercado de trabalho no município de Imperatriz, prestando serviço ao cartão SUS. Houve um ganho para o usuário, na medida em que o atendimento melhorou muito devido à dedicação dos deficientes ao trabalho”.
“Agradecemos muito ao prefeito Sebastião Madeira, porque nenhum outro gestor havia dado a oportunidade para os deficientes físicos mostrarem sua capacidade de trabalho. Madeira foi um grande incentivador para nós, porque abriu espaço para a pessoa com deficiência mostrar sua capacidade. Em contrapartida, nós estamos executando um bom trabalho”, finalizou Oton Reis. (Comunicação)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14554
Gestão Madeira faz história como única a beneficiar deficientes físicos
Entre muitos outros avanços, parceria com associação insere 11 pessoas no mercado de trabalho
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