Raimundo Primeiro

“Dialética da Fé” é o nome do livro a ser lançado em 5 de julho (sexta-feira à noite), na Academia Imperatrizense de Letras (AIL), em frente à Praça da Cultura, de autoria do médico Gedeão Dias Chaves, filho de tradicional família imperatrizense.
A obra, editada pela Ética Editora, de Imperatriz, mostra um jeito diferente, efetivamente peculiar, encontrado pelo autor para narrar “causos” registrados em plagas tocantinas, principalmente nos municípios de Grajaú e Sítio Novo. Gedeão saiu de Amarante do Maranhão, para o Brasil e, agora – por causa da literatura –, para o mundo.
Ante a forma encontrada por Gedeão para trazer a baila fatos característicos dos povos e das terras daqui, ou seja, ocorridos em vários municípios do tocantins maranhense, “Dialética da Fé”, antes mesmo de ser publicada, teve acolhida positiva, tanto da crítica quanto do público. O livro já foi lido por alguns especialistas e algumas pessoas, sobretudo familiares e amigos.
“Os temas abordados são de tamanho imensurável e de complexidade quase que inimaginável diante da pluralidade de ideias descritas na obra”, observa Célia Seguchi Chaves, ao fazer a apresentação da obra, ressaltando ter ficado “lisonjeada pela deferência especial de seu autor, lendo por diversas vezes o texto”, acrescentando, a propósito, que “quanto mais leio mais impressionada fico com tanta diversidade de pensamentos abordados neste exemplar ímpar, cristalino e singular”.
Para o empresário Francisco da Silva Almeida, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e diretor regional da Indústria e Comércio do governo do Estado, Gedeão encontrou uma forma diferenciada e de fácil assimilação para trazer à tona os casos ocorridos em terras tocantinas em passado recente, com um jeito efetivamente de quem encontrou estilo e linguagem conhecidos pelas pessoas que viveram em época não tão remota como pode parecer.
“O autor acertou ao passar para o papel as coisas vividas pelo nosso povo, uma linguagem escrita por alguém que acompanhou algumas das coisas que descreve em sua obra”, assinala Silva Almeida.
“Os valores e a unificação da famílias foram merecidamente valorizadas pelo autor, quando a personagem principal da clã protagonizada na obra abandonou suas terras, com fazenda edificada, para buscar o conhecimento, o que exigia um sacrifício heroico, em busca de um bem maior: substituir o TER pelo SER”, lembra Célia Chaves.
A obra de Gedeão é marcante, decisiva, instigante. Mais: prazerosa, atraente. Sua narrativa conquista pela realidade, fazendo com que o leitor possa envolver-se com o que está narrando, como se estivesse participando dos acontecimentos. Principalmente em relação às pessoas que aqui moram, uma vez que elas têm alguma ligação com os acontecimentos, já que seus familiares na época e no sertão descrito pelo autor.
“Em ‘Dialética da Fé’, não sei o que mais me empolga, nem o que mais me fascina. Neste fórum de consciência, em meio a este como fértil que jorra da privilegiada mente criadora, em meio ao manancial inesgotável e desafiante de seu talento poético, ao vigor, sem o rigor da tranquila cascata de poesia, que foi uma constante de sua existência, feliz e sonhadora; ou se é o homem sertanejo sem medo de errar, sem medo da crítica e de expressar os seus sentimentos: O HOMEM SEM MEDO DE OUTRO SER HUMANO”, afirma a psicopedagoga Míriam Barros da Silva.
A educadora adianta que a riqueza eclética e ecumênica do livro ajudará o leitor fazer suas preleções religiosas, com pensamentos modernos, eruditos e unificador entre os povos, respeitando os credos e indiferentismos dogmáticos.