Hemerson Pinto

As determinações ao 3º Batalhão de Polícia Militar, uma delas feita pela Promotoria de Justiça, para apreensões de ônibus da Viação Branca do Leste, desde que encontrados circulando com documentação atrasada e outras irregularidades, levaram trabalhadores da empresa à porta da promotoria. Ontem, do início da manhã até as 17h, funcionários procuraram falar com o promotor Sandro Bíscaro.
“Queremos saber o porquê de apreender os veículos. Assim, ficamos os motoristas, cobradores, fiscais, lavadores, mecânicos e outros funcionários sem trabalhar. A meu ver, algumas apreensões foram irregulares, pois há carros com documentação em dias e os veículos foram apreendidos”, diz o motorista Francisco Cruz. Segundo o motorista, a empresa tem uma frota de 238 ônibus e ontem apenas 22 circularam.
Outro companheiro de trabalho queria saber a situação dos funcionários da empresa após uma possível quebra de contrato. “Nossos direitos. Minha preocupação enquanto funcionário da empresa é saber do doutor como fica nossa situação”, comenta o motorista Antônio Soares da Silva.
Um ex-motorista também compareceu à frente da promotoria para observar o movimento, porém sem entender muito bem a cobrança dos ex-colegas de trabalho. “Acredito que a justiça tem um jeito pra isso. Todas as vezes que são citados os problemas da empresa é informado que ela está em dívida com os trabalhadores. Se ela (VBL) sair por uma quebra de contrato, a justiça vai ter acesso ao quadro de funcionários para que todos possam ter acesso a seus direitos”, respondeu João Batista.
Até o meio dia, os funcionários permaneceram na calçada da sede das promotorias públicas em Imperatriz e não conseguiram falar com o promotor Sandro Bíscaro. O grupo retornou à tarde e o aguardou até as 17h. Em contato com uma funcionária da promotoria, ainda pela manhã, nossa reportagem foi informada de que o promotor não havia comparecido ao escritório. À tarde, tentamos contato com o mesmo por telefone, mas as ligações não foram completadas.
Na tarde da última segunda-feira, a Polícia Militar atendeu aos requerimentos da Promotoria do Consumidor e do Ministério do Trabalho e no espaço de duas horas apreendeu dez ônibus da VBL. Segundo o oficial responsável pela operação, os ônibus estavam com o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) em atraso. E alguns sequer apresentavam a documentação. Na ocasião, o advogado da VBL informou que buscaria a regularização dos veículos apreendidos.