Fumaça produzida no lixão incomoda na estrada

Hemerson Pinto

Quem trafega diariamente pela Estrada do Arroz, ou usa esse acesso aos finais de semana para chácaras, banhos e outros lazeres nos povoados ligados pela rodovia estadual, sabe o incômodo pelo qual tem de passar quando chega na frente do lixão de Imperatriz. Ainda no caminho, a presença de urubus anuncia a proximidade do local e de longe, a fumaça pode ser vista e sentida.
“Há mais de quilômetro você já sente o mau cheiro e já vê a fumaça. Quando chega perto, o cheiro forte de podridão entra no carro mesmo que as janelas estejam fechadas. É uma fumaça que pode adoecer a gente e prejudica não só quem passa aqui, mas principalmente quem trabalha aí no lixão ou quem tem terra aqui perto”, disse o lavrador Francisco das Chagas, dono de uma pequena propriedade rural em um dos povoados da Estrada do Arroz.
Pelo menos três vezes por semana Francisco sai da fazenda para a sede do município. São pelo menos seis passagens pela frente do lixão. “Nunca passei aqui para não ter essa fumaça que vai levada pelo vento, e pra longe”, diz.
O lixão municipal é localizado em uma área que, atualmente, é rodeada de fazendas, e não fica tão distante de pequenas vilas. No local a presença diária de dezenas de catadores de material reciclável e de pessoas que retiram do lixão até mesmo algo para usar ou comer.
A fumaça tóxica produzida em grandes depósitos de lixo a céu aberto coloca em risco a saúde de trabalhadores do local. O fogo pode ser provocado espontaneamente pela grande concentração de gás liberado pela decomposição das toneladas de material descartado de residências e estabelecimentos comerciais.
Outra causa dos constantes incêndios em lixões pode ser a queimada feita por quem frequenta o ambiente. Além da fumaça, o chorume, líquido originado da decomposição do lixo, é prejudicial à saúde.
A construção de aterro sanitário pode ser a solução. É um espaço que serve como depósito para resíduos sólidos originados de residências, indústrias, hospitais e construções, na maioria materiais não recicláveis. Um aterro sanitário deve possuir um controle da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental. Ao mesmo tempo é necessária a prática da coleta seletiva.