Hemerson Pinto

Uma arma para ser utilizada no combate às drogas e na recuperação de pessoas dominadas pelo vício. Deste pensamento nasceu em Imperatriz o Fórum Permanente Contra as Drogas. A ideia surgiu nos debates do grupo Esperança Viva, na cidade, ligado ao projeto Fazenda Esperança, que tem unidades em vários estados brasileiros, onde adolescentes, jovens e adultos derrotados pelo uso de entorpecentes encontram forças para levantar.
"O Fórum foi criado para reivindicar ações do governo para a sociedade. Podemos afirmar que 50% da população vive problema de drogas nas famílias, os outros 50% são reféns. Não pode abrir a porta do carro na praça, em frente à igreja", diz o vice-presidente do Fórum, Jonas Noleto da Silva.
Uma das primeiras cobranças que deverá ser feita ao poder público pelo Fórum é a abertura de um hospital psiquiátrico. "Nosso objetivo principal é abrir hospital psiquiátrico. Estamos diante de uma geração de loucos. Eles usam o crack e uma lata de alumínio, quando esquenta ela exala substâncias que vão direto ao cérebro da pessoa. Mais prejudicial que o próprio crack. Já enviamos muitas pessoas para o hospital Nina Rodrigues, em São Luís, para cuidar da parte psiquiátrica, depois nós cuidamos do vício nas fazendas", explica Jonas.
Outro ponto importante para o trabalho contra as drogas será a conquista de uma delegacia especializada. "Precisamos de recursos para cuidar dessas famílias. Temos projetos que vamos levar ao governo, começando pela governadora, secretários e vamos até Brasília, e buscar condições para internarmos compulsoriamente essas pessoas em Imperatriz. O governo tem que disponibilizar estrutura para cuidar dessas pessoas e cuidarmos das famílias. O fórum é pra dar esse apoio, principalmente às famílias nais necessitadas", reforça.
O vice-presidente do Fórum Permanente Contra as Drogas informou que a Igreja Católica em Imperatriz está criando um centro de recuperação no povoado Coquelândia, Estrada do Arroz.
Quanto aos trabalhos do grupo Esperança Viva, acontecem todos os sábados, às 17h, na igreja São Francisco, Praça Brasil. As reuniões são abertas a qualquer pessoa interessada em conhecer.