O arrastão da limpeza esteve na rua Dom Pedro II, Bacuri, Avenida Liberdade, Cafeteira e Avenida Jacob, na Vila Brasil

O volume de água após as fortes de chuvas do último final de semana está baixando, mas em seu lugar, a dimensão do desastre ambiental com o seu rastro de destruição começa aparecer em diversos bairros da cidade. Na madrugada desta terça-feira, 09, os agentes da Limpeza Pública realizaram ações nas ruas do bairro Bacuri, como Coronel Manoel Bandeira, Aquiles Lisboa e Godofredo Viana nas proximidades do Riacho Bacuri que alagou casas e destruiu móveis e bens.

Mesmo com todas as dificuldades, comprovadas com o decreto de calamidade pública, assinado pelo prefeito Assis Ramos, a Secretaria de Limpeza Pública, SLP, tem atuado dia e noite em diversos pontos da cidade.
Francisco Carlos Silva Bezerra, presidente da Associação de moradores do Bairro Jardim América, esteve na manhã desta terça-feira na SLP para elogiar as ações. "Só tenho a agradecer essa gestão que tem feito um ótimo trabalho na limpeza da cidade, percebemos a grande diferença. Venho aqui parabenizar e solicitar containers para gente poder organizar o lixo nas nossas ruas", enalteceu.
Para o secretário Alan Johnes, esse é o momento de concentrar todas as forças em prol dos desabrigados. "Nossas equipes estão trabalhando dia e noite com todos os caminhões do Cata-Treco e até o caminhão da Coleta Seletiva. Temos que contribuir com a reconstrução dos bairros e da vida das pessoas" afirmou.
Ellen Cristina Ribeiro, de 27 anos, mora na Rua Coronel Manoel Bandeira, Bacuri. Ela fala que agora que água baixou pode vê a proporção do desastre. "Era 4h da manhã da sexta-feira quando acordei com o barulho da água. Minha mãe me chamou e levantamos os móveis, por isso não tivemos muitos prejuízos. Mas agora o que vemos é só tristeza, ao olhar para nossa rua assim toda destruída. Aqui os carros não passam e como temos um comércio as vendas diminuíram muito. Precisamos de ajuda urgente".
Defesa Civil, Infraestrutura, Saúde, Desenvolvimento Social, Educação, Planejamento Urbano e demais secretarias municipais também compõe a força tarefa para reerguer a vida de cerca de 800 famílias afetadas diretamente pelos alagamentos.
Silvania Araújo Carvalho, 34 anos, gestante de 7 meses, mora com 4 filhos. Ela relata os momentos de desespero que viveu na madrugada de sexta-feira, 05. "Era quase 6h da manhã quando a água invadiu nossa casa. Só consegui salvar a minha geladeira, televisão e máquina de lavar com ajuda das minhas duas filhas adolescentes. A água estragou todos os outros móveis e fez uma cratera no meio do nosso quarto".
De acordo com a moradora, toda a drenagem e esgoto da Rua Coronel Manoel Bandeira, esquina com Henrique Dias foi danificada por conta das águas da chuva e, assim como sua casa, outras tiveram graves problemas. (Luana Barros)