Nesta quinta-feira, às 16 horas, os alunos da Escola Estadual Graça Aranha, acompanhados dos ambientalistas da Força Tarefa pelo Rio Tocantins, farão uma visita técnica ao setor da beira rio denominado "Barranco". A visita de estudo e trabalho é o desdobramento de um conjunto de ações desenvolvido pelo Núcleo de Educação Ambiental da Força Tarefa que, com isso, tenciona aumentar a consciência dos estudantes quanto aos cuidados presentes e futuros com o rio Tocantins, que em 2016 enfrentou a maior seca dos últimos 50 anos.
Os detalhes da visita, que será seguida de uma roda de conversa com os alunos, foram acertados com a direção da escola na tarde da última terça-feira, ocasião em que foi possível pensar as próximas ações do grupo que pretende se firmar como Organização Não Governamental (ONG) e agir em outras áreas relacionadas à preservação ambiental.
Conforme a professora Ivetilde Delgado, a articulação do movimento e todos do grupo que queiram participar desse "gesto concreto" vão se encontrar com os estudantes na própria escola, e de lá seguirão ao ponto inicial da visita, as imediações do edifício Mirantes do Rio. "É importante, quem puder, levar máquina fotográfica ou mesmo o celular para registrar detalhadamente os aspectos da visita", recomenda a professora.

Degradada - A área a ser visitada, até os 1980, abrigava várias "cacimbas", também chamadas de "fontinhas", onde era comum as donas de casa recolherem água para abastecer potes, filtros e geladeiras, tomar banho, além de outras necessidades. Com o avanço da ocupação urbana daquela região, essa fonte de água potável desapareceu.
No mesmo setor a ser visitado pelos alunos do Graça Aranha com a Força Tarefa Rio Tocantins, na mesma década (1980) os "lajeiros" da beira do rio também eram o ponto de encontro de dezenas de tracajás, espécie de quelônio típico das bacias hidrográficas do norte da América do Sul, e que com o tempo foram banidas das barrancas do Rio Tocantins (Imperatriz) tanto pela pesca predatória quanto pelo avanço da poluição.
Depois da ação desta quinta-feira, a Força Tarefa só volta a se reunir em janeiro de 2017, para o planejamento e calendarização das ações a serem desenvolvidas ao longo do ano, bem como a formalização de núcleos de estudos sobre diversos temas, tais como Resíduos Sólidos, A situação atual dos Riachos que cortam a cidade, A influência ou impactos dos grandes projetos no Rio Tocantins, Clima, Legislação Ambiental e o Fim do Bioma Cerrado e suas consequências.