Geovana Carvalho
Calçados, roupas, móveis, eletrodomésticos e brinquedos são alguns do itens que compõem a tradicional lista de compras de fim de ano. Embora alguns comerciantes reclamem dos negócios, outros comemoram as vendas.
O comércio de Imperatriz, às vésperas do dia de Natal, teve seu horário de funcionamento estendido, ainda assim alguns comerciantes reclamam das vendas. É o caso de José Tolentino, proprietário de loja especializada em artigos para presente. O empresário conta que até agora não recuperou os investimentos feitos para esse período. “Esse mês de dezembro [em comparação com o mesmo período do ano passado] está bem diferente, as vendas caíram 30%, e não acredito que aconteça um milagre nas vendas hoje, último dia para compras de Natal”, avalia José Tolentino. O comerciante atribui a queda no faturamento à concorrência: “Acho que é muita loja pra pouca gente. O número de lojas aumentou muito, só no ‘meu’ segmento abriram dez lojas, aqui perto, e ainda tem os camelôs que não pagam impostos nem taxa nenhuma e, por isso, têm o preço bem melhor que o nosso”, avalia.
O gerente de uma loja de calçados, Gil Klésio, diz que para esse período foram contratados 50% a mais de funcionários, no entanto até agora o volume de vendas está abaixo do esperado. “Esperávamos aumento nas vendas desde o início de dezembro, mas só nessa semana, desde segunda-feira, é que vieram crescer um pouco. Porém, em relação ao mesmo período do ano passado, em geral diminuíram muito”. Na mesma loja, a vendedora recém-contratada, Raianne Sousa, comemora. Desempregada há cinco meses, viu nas “festas de fim de ano” a possibilidade de conseguir um novo emprego. “Coloquei currículo em vários lugares, já tinha experiência, mas não conseguia trabalho. Acho que vou ‘tirar’ um bom dinheiro agora, o dobro do que ganharia no período normal”.
Antônio Dilso, gerente de uma loja de departamentos, afirma que houve um acréscimo superior a 30% nas vendas, em todos os setores (confecções, eletrodomésticos, móveis...). “As vendas aumentaram mais de 30%, o que foi muito positivo. A economia está mais aquecida, a cada ano a moeda fica mais forte e o brasileiro aprendeu a usar [o dinheiro] e consequentemente estão comprado mais”, comenta Antônio Dilso. O gerente diz ainda que o volume de vendas é tão alto que todos os dias chegam caminhões de todas as partes do país para abastecer a loja matriz. O quadro de funcionários foi reforçado em 30% e as contratações continuam até os últimos dias de dezembro. De acordo com Antônio Dilso, boa parte dos chamados trabalhadores temporários serão absorvidos pela empresa.
Contratado em novembro, o vendedor Leal Júnior, de 18 anos, entregou currículo na loja de departamentos e logo começou a trabalhar. “É o meu primeiro emprego, estou muito contente e vou aproveitar essa oportunidade. Quero crescer aqui dentro e faturar bem também”.
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