Fernando de Aquino

A greve dos bancários terminou nessa terça, dia 15, em uma assembleia realizada pela categoria em São Luís. Após 26 dias de paralisação, o Sindicato dos Bancários do Maranhão (Seeb-MA) aceitou a proposta de 8,5% de reajuste para o piso da categoria.
Em Imperatriz, em decorrência do feriado municipal, as agências só voltaram a funcionar ontem, dia 16. As filas estavam gigantescas e os clientes estavam exaltados. “É direito deles entrar de greve para melhorar o salário, só que essa fila aqui não é justa para os usuários, que precisam do banco para receber dinheiro”, conta o repositor Carlos Sousa na fila da agência da Caixa localizada próximo à Praça Brasil.
A fila já ocupava metade do quarteirão no local, às 7 horas. O funcionamento estava previsto para as 9 horas. Lucineide da Conceição acompanhava a mãe aposentada. Ela afirma que a greve foi um transtorno. “Eu precisava comprar um medicamento, mas não consegui porque a aposentadoria ainda não tinha saído”.
Na agência do Banco do Brasil da Avenida Dorgival Pinheiro de Sousa, a situação estava ordeira. Os cartazes de paralisação ainda estampavam a fachada do prédio, mas só os aposentados Lúcia Souza e Francisco de Deus esperavam na fila. “Vamos ficar aqui até as 11 horas (horário de início de funcionamento). Chegamos às 8 horas para ser os primeiros atendidos”.
Cássio Santos, representante imperatrizense dos sindicatos dos bancários, afirmou que nenhum banco funcionará em horário especial, mas os usuários que se sentirem lesados pela demora no atendimento, podem prestar queixa junto ao Procom. “A lei das filas regulamenta a espera mínima. O cliente que passar mais tempo, pode oficializar uma denúncia e o banco pode ser notificado”.

BASA
O Banco da Amazônia, até o fechamento dessa matéria, continuava em greve. A comissão apresentou a proposta na última sexta. Os bancários exigiam além de reajuste salarial de 8%, financiamentos habitacionais, Planos de cargo, carreiras e salários; plano de saúde e outros.
Segundo o site do Sindicato dos Bancários do Maranhão, a greve continua porque o Governo não atendeu as reivindicações específicas dos bancários. A categoria, que ainda persiste em greve, realizou uma reunião organizacional no final da tarde de ontem.