Coronel Ferreira com a esposa Auadi: Dia das Mães em família

Nascido em São Luís, mas um apaixonado por Imperatriz, José de Ribamar Castro Ferreira - o coronel Ferreira - tem participação decisiva na história do município ao longo das últimas três décadas. Ou seja, são 30 anos residindo na cidade.
 Aqui, constituiu sua segunda família, mas, sobretudo, contribuiu com o seu processo de desenvolvimento, principalmente na área de segurança, em especial, no trânsito, atuando na 1ª Circunscrição Regional de Trânsito do Maranhão (1ª Ciretran-MA). Os méritos não faltam. Ingressou na carreira militar por meio de concurso público, em 1970, na capital cearense: Fortaleza. Obteve o primeiro lugar para o Curso de Formação de Oficiais da Academia de Polícia Militar Edgar Facól, com duração de quatro anos, de onde saiu aspirante oficial.
Já militar, o coronel Ferreira veio para Imperatriz em dezembro de 1974, na condição de tenente da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), ficando até julho de 1991. Transferido, teve de retornar a capital e a sua terra natal. A saudade, entretanto, durante o tempo em que permanecera ausente da cidade, era imensa, "indescritível, até", conforme conta a esposa, Auadi de Araújo Nogueira,
Durante esse tempo, sentira falta dos amigos, dos encontros informais que mantinha, quase que numa espécie de ritual, quando dispunha de tempo em sua agenda de trabalho. E encontrava, apesar dos inúmeros afazeres. Conversava e, assim, fazia novas amizades, aqui e acolá, nos mais diferentes locais de Imperatriz, indistintamente. A frase a ser levada em consideração era a seguinte: "colocar os assuntos em dia". E fez isso desde que chegara às terras descobertas pelo frei Manoel Procópio, banhadas, incontestavelmente, pelo inspirador e caudaloso rio Tocantins. Um gigante que fez e faz história, promovendo o intercâmbio comercial com outras regiões do país.
O coronel Ferreira voltou a Imperatriz em 2002, ou seja, onze anos depois. O mês de julho, época de veraneio e propício ao reencontro com os amigos e a retomada dos bate-papos sobre uma diversificada gama de assuntos, marcara seu retorno ao convívio com as pessoas daqui. Conversa, obviamente, era o que não faltava. Os tempos eram outros, a cidade crescia, mas, igualmente, as amizades fluíam, as pessoas encontravam motivos para comentar o cotidiano da cidade grande. Estavam entusiasmadas. Confiantes nos novos e acertados rumos.
O coronel Ferreira foi visionário. Ao perceber que o crescimento de Imperatriz era irredutível, fez gestões e conseguiu viabilizar a sinalização semafórica para a cidade. O pioneirismo sempre fora uma de suas principais características, buscando conhecimentos dentro e fora do Brasil. O objetivo era colocá-los em prática na cidade que, ao optar por fazer carreira profissional na mesma, respondera reciprocamente as suas iniciativas, com ele passando a sentir por ela um amor que transcendera as sensações que tivera tão logo desembarcara nestas plagas.
Filho caçula de Mariano Diniz Ferreira e Albertina Castro (falecidos), o coronel Ferreira teve quatro irmãos, os quais também já não estão mais no plano físico da vida. Partiram, mas deixaram saudades. Ao ingressar no mercado de trabalho, começou sendo office-boy (garoto de escritório), reforçando a equipe do gabinete do prefeito Marcial Ramalho Marques, em São José de Ribamar, na Ilha-Capital, isso em 1962.

Educação sobre o trânsito

Da Prefeitura de São José de Ribamar, ingressou, por meio de exame, na Escola Nossa Senhora de Assunção, na cidade de Guimarães, a 418 quilômetros de São Luís, no litoral norte maranhense. Depois, começou, mas, não concluiu, o Curso de Filosofia na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), optando pelo Curso Avançado de Administração pelo Instituto Êxitus, de São Luís, pós-graduações nos cursos de Aperfeiçoamento de Oficiais, em Recife (PE), e Latu-Sensu em Trânsito, na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Minas Gerais, obtendo o Título de Especialista em Trânsito. Buscando aumentar seu leque de conhecimentos, o coronel Ferreira participara de vários eventos no exterior, caso de seminários, todos na área de Segurança e Educação de Trânsito, com estágios na França, Espanha, Alemanha e Áustria. Com o know-how obtido no exterior, pôde melhor trabalhar na organização do trânsito imperatrizense, sendo o assessor certo para os problemas que surgiam ante ao crescimento então verificado.
A primeira esposa do coronel Ferreira, foi Maria de Fátima Silva Ferreira, com o casamento acontecendo em São Luís, de onde, com ela, veio morar em Imperatriz. Foram oito anos. Da união, nasceram os filhos Jorge Alisson (historiador e policial militar) e Jorge Lincoln (economista e corretor de imóveis).

Na Ciretran

Ferreira chegou ao cargo de tenente-coronel atuando no Batalhão da Polícia Militar do Maranhão, em Imperatriz, o 3º BPM. Na cidade, foi diretor da Ciretran, de forma consecutiva, durante os governos Nunes Freire, João Castelo e Luís Rocha. Em suas gestões, o trânsito local experimentou significativos avanços.

A vida continua...

Do casamento com Auadi, ou Adi, como é mais conhecida, nasceu Alfeza Cristina, concluinte do Curso de Administração de Empresa, mãe de Handel (10) e Ana Cristina (8 anos). A nova família fez a vida do coronel Ferreira continuar; dando-lhe uma nova direção, reafirmando que a roda deveria continuar girando, vislumbrando novos horizontes. O processo continuou normalmente. O casal de netos enche de orgulho o torcedor do Flamengo (RJ) e da Sociedade Atlética Imperatriz, o Cavalo de Aço.
Lembrando Warren Buffet, faz-se necessário afirmar: "o sucesso é ter o que você deseja e a felicidade é ter o que você já tem".
O coronel Ferreira sempre vai as bancas de jornais e revistas do Mariano (Dorgival Pinheiro) e do Chico (Praça de Fátima), conversar sobre os assuntos que movimentam a cidade, além de percorrer outros pontos pitorescos de Imperatriz, como o escritório do Zé de Sousa, dileto amigo de longas datas.
Para Imperatriz reconhecer todo o trabalho desenvolvido pelo coronel Ferreira em prol da consolidação do seu processo de desenvolvimento, falta ainda uma coisa: a outorga do Título de Cidadania. O ex-vereador Costinha ventilou o assunto, ou seja, a comentar que iria indicar o nome dele para que a Câmara Municipal entregasse-lhe o Título de Cidadão Imperatrizense. O assunto, mesmo fora de pauta, pode ser levado para discussão no Palácio Dorgival Pinheiro de Sousa. Uma ideia plausível, vereadores imperatrizenses!
Como diria Luís da Câmara Cascudo: "o melhor produto do Brasil é o brasileiro".
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