A reforma do Mercado da Nova Imperatriz foi iniciada e, aos poucos, os vendedores notam pequenas alterações no espaço desocupado para o andamento da obra. Enquanto os serviços não aceleram e a sonhada cobertura não desponta sobre os tapumes, resta a esperança e luta para fazer no espaço improvisado o melhor para a clientela.
Organizados, os feirantes dividiram o terreno na Rua São Francisco, Nova Imperatriz, em pequenos lotes. Ergueram barracas, montaram bancas (sem ‘botar banca’), improvisaram coberturas e fizeram daqueles poucos metros quadrados o local de trabalho, onde enfrentam a rotina de domingo a domingo.
Até mesmo uma rede para passagem de água utilizada na higienização dos alimentos eles prepararam. Açougues e peixarias ficaram bem posicionados, verdureiros, bancas de comida e café da manhã. Nem o famoso ‘Hospital das Panelas’, aquele do ‘doutor Chico’, apresentado no início do ano em reportagem exibida em rede nacional, ficou de fora.
O ‘bate bocas’ que antes da mudança era frequente entre os feirantes, com opiniões divididas, parece ter dado uma trégua. O que se ouve ultimamente é aquele barulho comum de feiras, que, aliás, existem e resistem desde a época de Cristo: a vendedora que grita o preço do produto, outra que chama o cliente, aquela que canta e aquele que não gosta de ligar o radinho de pilhas para si, mas prefere dividir a música com os demais. São os sons da feira.
O problema que realmente incomoda é a chuva. As poucas que caíram nos últimos dias são sinais de que a aproximação do inverno é o que pode trazer sérios constrangimentos. (Hemerson Pinto)