Illya Nathasje
Impactada pela paralisação dos caminhoneiros, a LATAM Airlines cancelou ontem os voos LA 3552: Brasília-Imperatriz e LA 3553: Imperatriz-Brasília. A reportagem apurou que o cancelamento nesse caso se deu por falta de combustível no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek em Brasília, onde vários voos, inclusive internacionais, de diversas empresas vêm sofrendo cancelamento desde o dia 24, quarta-feira.
Em seu quinto dia de paralisação, o posicionamento dos caminhoneiros tem agravado a situação nas estradas do país e provocado o caos em todos os setores da economia. Palmas, no Tocantins, foi a primeira capital a ficar totalmente sem combustível. Até o fechamento dessa edição, chegava a onze o número de aeroportos sem combustível: Recife (PE), Maceió (AL), Goiânia (GO), Vitória (ES), Palmas (TO), Ilhéus (BA), Uberlândia (MG), Carajás (PA), São José dos Campos (SP) e Juazeiro do Norte (CE), que são administrados pela Infraero. Entre os aeroportos privatizados, Brasília estava sem combustível, e em situação crítica, Belo Horizonte e Porto Alegre.
Em Imperatriz, pelo menos em nível de aeroporto, até aqui, a situação é diferente. Não há desabastecimento. Com destino a São Luís, as duas empresas, LATAM Airlines e Azul Linhas Aéreas, que operam a rota não cancelaram nenhum dos voos diários.
Insatisfação no Renato Moreira
Na tarde de ontem, cerca de 50 passageiros que aguardavam embarque para Brasília e conexões manifestaram insatisfação, revolta até, com o cancelamento do voo. Muitas pessoas que se deslocaram de outras cidades para o embarque, alguns com compromissos sociais, outros com crianças, queriam saber quem pagaria o prejuízo.
Em nível nacional, a empresa divulgou nota, onde afirma que todos os passageiros impactados estão recebendo a assistência devida. Nesses casos, a empresa costuma promover a reacomodação em outros voos. A expectativa era de que um novo embarque acontecesse na madrugada de hoje, já que o voo LA 3381 com destino a São Paulo (Guarulhos) partiria normalmente.
Setor de cargas é prejudicado
Consequência do cancelamento acontecido ontem, muita reclamação por parte de empresas que enviam e recebem encomendas e cargas, que estão prejudicadas. Também os organizadores de eventos. A 3ª Corrida da OAB, que acontece no domingo, os participantes correm o risco de não receberem as medalhas que deveriam vir pela TAM Cargo e não puderam ser enviadas. Na verdade, desde o início da paralisação na segunda-feira, dia 21, que as empresas aéreas, já visando economizar combustível, vêm promovendo uma diminuição no transporte de cargas.
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