Hemerson Pinto
O problema é antigo nos bairros mais afastados do centro de Imperatriz. Quando os moradores pensam que a situação está prestes a ser resolvida a água acaba de vez e não chega mais às torneiras. Em bairros como Santa Lúcia, Sanharol, Vila Fiquene, entre outros da região conhecida como Grande Vila Nova, cena comum são pessoas com latas vazias de um lado para outro.
Há informações sobre problemas com o abastecimento de água no bairro Bacuri, Nova Imperatriz, nos bairros que formam o Grande Vitória, Cafeteira, Santa Inês, entre outros.
Esta semana o assunto voltou a ser abordado na Câmara de Vereadores, o que não passou de comentários feitos por alguns dos legisladores, informando locais onde o problema com a bastecimento não é de agora, e a promessa de marcar uma reunião com a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – Caema.
“Nós precisamos de resultados, de água nas torneiras para as necessidades do dia a dia. Precisamos que alguém faça alguma coisa, que seja além da divulgação do problema por parte de quem deveria era buscar solução”, diz José Gaspar, morador do bairro Nova Imperatriz, onde nos últimos dias a água tem ‘escolhido’ horários para chegar a todas as residências. “Parte do dia a água fica fraca ou não vem”, afirma.
No Jardim Sumaré a realidade é a mesma da maioria dos bairros da periferia: trabalhadores que chegam em casa ao final do dia e, ao invés de descansar, precisam sair para tentar encontrar água.
A situação poderá ser amenizada com o funcionamento dos dez poços artesianos prometidos pelo Governo do Estado, enquanto não se tem resultado positivo no processo de regularização do abastecimento de água.
Caema – A reportagem de O PROGRESSO tentou conversar com gerência regional da Caema em Imperatriz, mas a resposta foi a mesma: o representante da empresa na região não tem autorização para falar sobre o assunto.
CPI – A Comissão Parlamentar de Inquérito, criada pela Câmara de Vereadores para investigar os investimentos da Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão – Caema – em Imperatriz, foi arquivada e poucos dias no semestre passado pelo mesmo grupo de legisladores. Desde então os vereadores de oposição ao governo municipal informaram que seria criada uma CPI Popular, que deverá ser formada por representantes da sociedade civil e pela oposição. O convite será estendido ao Ministério Público.
O vereador que nos recebeu para falar sobre a sessão de ontem na Câmara, revelou todas a providências estão sendo tomadas para a criação da CPI Popular, o que deve ser feito em breve.
“Estamos voltando com a força total e com a contribuição das promotorias. Essa CPI Popular vai ajudar a população de Imperatriz, pois está faltando água em todos os bairros. Temos um rio grande passando em nossa cidade e agente fica desesperado com essa falta de água e vendo que está se criando em Imperatriz, uma cultura de cavar poços. Isso é voltar no tempo, lembra muito as décadas de 1960, 1970”.
A CPI Popular pretende apurar, em todos os bairros, denúncias relacionadas a falta de água e cobrança de taxas de esgoto nos locais aonde não existe rede de esgoto e levá-las à Procuradoria do Consumidor.
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