Programação de capacitações e palestras na Expoimp serão voltadas para as cadeias produtivas da região

A Região Tocantina se destaca como uma das maiores produtoras do estado, principalmente na pecuária leiteira e de corte. A 49ª Exposição Agropecuária de Imperatriz, uma das grandes vitrines do setor, acontece entre os dias 8 e 16 de julho, mostrando os recentes avanços da agropecuária da região.

No setor leiteiro, por exemplo, o crescimento já coloca a região em situação de competitividade no cenário nacional. No Brasil, a média de produção de leite por vaca é de 5kg de leite/vaca/dia, segundo  a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). No estado, a mesma média saiu de 4,43 para 4,98kg de leite/vaca/dia e, especialmente na Região Tocantina, saiu de 4,57 para 5,21kg de leite/vaca/dia, superando a média nacional em 4%. Os dados são da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Pesca (Sagrima) que, por meio do Programa Mais Produção, vem incentivando essa e outras cadeias produtivas em todo o estado.
Além da cadeia do leite, o Programa Mais Produção, voltado para o aumento da produção agropecuária e valorização dos produtos maranhenses, já vem promovendo mudanças em outras nove cadeias produtivas definidas como prioritárias. Um dos diferenciais do programa é a assistência técnica e gerencial realiza por meio de convênio com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), atendendo, na região, 400 propriedades na cadeia do leite, 64 na de carne e couro e 25 na de hortifruticultura. 
O secretário da Sagrima, Márcio Honaiser, destaca a importância dessas ações na região. “Com tecnologia, equipamentos e assistência, estamos buscando desenvolver ainda mais as cadeias do leite e da carne, incentivando principalmente os pequenos e médios produtores, e ampliar a hortifruticultura, que tem grande potencial, por meio dos Programas Mais Produção e Agropolos”, disse. 
Na cadeia da bovinocultura de corte, uma das inovações é o sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), que já vinha sendo adotado por grandes produtores locais e agora está sendo difundida entre pequenos e médios produtores pela Sagrima. Trata-se de uma metodologia de produção para recuperação de áreas alteradas ou degradadas, integrando os componentes lavoura, pecuária e floresta, em rotação, consórcio ou sucessão, na mesma área. Assim, o solo pode ser explorado economicamente durante todo o ano, favorecendo o aumento na oferta de grãos, de carne e de leite a custos mais competitivos. O incentivo ao beneficiamento e comercialização do couro também se destaca, com a inauguração do Iema Couros, uma parceria entre as Secretarias de Indústria, Comércio e Energia (Seinc) de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).
Durante a exposição de Imperatriz, instituições como Sebrae, Governo do Estado e Senar vão promover capacitações, discussões e eventos sobre o setor produtivo local, com programações ao longo da semana. Além disso, o Governo do Estado vai entregar aos produtores assistidos pelos programas Mais Produção e Agropolos, kits de irrigação, ordenhadeiras mecanizadas e tanques de resfriamento de leite, sementes de hortaliças e insumos.
“O governo vem mantendo uma relação de muito diálogo com os sindicatos de produtores e com a Federação de Agricultura e Pecuária (Faema), ouvindo as demandas e buscando soluções. A participação e apoio do governo às feiras e eventos agropecuários é parte dessa política e também uma oportunidade de prestar contas à população do que temos feito para desenvolver o setor produtivo do Maranhão”, reforça Márcio Honaiser.