Raimundo Primeiro
Clima de confiança e expectativas entre especialistas, políticos e empresários de Imperatriz em relação aos resultados da aprovação do processo de impeachment e afastamento, por 180 dias, da presidente Dilma Rousseff (PT), na manhã dessa quinta-feira (12), pelo Senado Federal.
No início da manhã e começo da tarde de ontem, O PROGRESSO saiu às ruas para conversar com lideranças e pesquisadores da área comercial da cidade sobre o resultado da sessão do Senado Federal, que durou 20 horas e meia. De acordo com eles, a instabilidade econômica aumentava diariamente o clima de incertezas no que concerne ao futuro do Brasil. “E da nossa cidade também”, disparou o gerente Vitor Lima.
A reportagem levantou que os 55 votos favoráveis e os 22 contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff refletiram o descontentamento dos brasileiros para com a gestão petista. “Eles [os senadores], atenderam aos pedidos feitos pelos diversos segmentos da nossa nação ao longo dos últimos meses”, comentou o representante comercial Carlos Henrique Freitas.
Para o empresário Francisco da Silva Almeida, Chico Brasil, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Imperatriz, o governo federal havia perdido o controle da economia brasileira, aproveitando para acrescentar que os dados do setor são extremamente desanimadores.
Segundo o líder empresarial, em primeiro lugar, o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que assumiu interinamente a Presidência da República, objetivando reanimar a economia, preocupou-se em compor sua equipe de governo com nomes de expressões no cenário econômico nacional, caso de Henrique Meireles, para comandar o Banco Central (BC), entre outros. “O Brasil começou a se organizar”, ressaltou.
O economista Fernando Babilônia, diretor do curso de Economia da Faculdade de Educação Santa Terezinha (Fest), diz não restar dúvida de que um dos principais fatores que levaram a queda do governo petista e da presidente Dilma Rousseff foi a piora gradual e consiste da economia. “A piora dos indicadores econômicos, sobretudo a partir de meados de 2014 e aprofundamento em 2015 e 2016, fizeram com que “um governo, que já apresentava sérios problemas em relação à política, também tivesse seríssimos problemas com a economia”, reforçou.
A falta de apoio político resultou no descontentamento popular. Até o início da crise, entretanto, os brasileiros eram o suporte da gestão Dilma Rousseff, que passaram a pressioná-la e a questioná-la. “A pressão das ruas aconteceu em virtude dos problemas econômicos que chegaram à chamada ‘economia real’, ou seja, redução do real poder de compra, redução da renda e a pior de todas – o desemprego”, complementou o professor Fernando Babilônia.
Por sua vez, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Imperatriz (ACII), Hélio Rodrigues Araújo, afirma que a instituição tem confiança nos resultados do governo Michel Temer, pois ele tem demonstrado preocupação em trabalhar na resolução dos problemas surgidos no segmento econômico durante o governo de Dilma Rousseff. “As sinalizações são favoráveis ao aquecimento da economia”, lembrou.
O vereador José Carlos Soares Barros (PV), presidente da Câmara Municipal, destacou ser o início de uma “nova vida” para os brasileiros o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República. “Não sei se vai ter sucesso, mas era desejo da sociedade, das pessoas que constroem o Brasil”, ponderou.
O QUE ELES DISSERAM
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