A partir da próxima segunda-feira, 13, duzentos homens e mulheres realizarão a força tarefa contra o mosquito transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya. A Operação Norte Unido vai percorrer pelo menos um terço da cidade, especialmente nos bairros onde houve maior incidência das doenças no ano passado. O anúncio foi feito ontem pela manhã durante coletiva realizada no auditório do Batalhão Capitão-Mor Moniz Barreto, o 50º BIS, reunindo o prefeito Assis Ramos, o comandante do 50º BIS, Tenente-Coronel Roberto Furtado, o secretário indicado de Saúde, Alair Firmiano, e o coordenador do setor de Vigilância em Saúde, Francisco Habrants.
O comandante militar revelou que a orientação é no sentido de que o trabalho conjunto entre os agentes de saúde do município e os militares possa reduzir os índices de pessoas contaminadas e que no ano passado poderia ter sido maior se não tivesse sido realizada a mesma campanha.
“O Batalhão tem um trabalho social e reformamos a parceria com o município no combate ao mosquito transmissor destas doenças. É importante destacar que não basta apenas o Exército e os agentes promoverem este mutirão. É necessário que toda a comunidade participe”.
O comandante informou que durante a semana, de 13 a 17, cem soldados da corporação que foram treinados a identificarem os focos trabalharão ao lado dos agentes e este ano com uma novidade: em locais fechados, como terrenos e até mesmo quintais de residências que estiverem fechadas, será utilizado um drone para a vistoria. Se for encontrado foco, serão tomadas outras providências a fim de adentrar ao local.
O prefeito Assis Ramos fez questão de destacar que o município já está realizando um trabalho de prevenção e informação, com palestras nas escolas, e que a limpeza nos riachos e a fiscalização nos terrenos baldios são ações que também possibilitam o combate ao mosquito. Ele agradeceu o apoio do Exército. “O Exército tem sido um parceiro do município e, mais uma vez, demonstra esta vontade em se unir à Secretaria de Saúde neste trabalho de combater o mosquito e fazer com que Imperatriz possa diminuir os indicadores destas doenças”.
Números
De acordo com dados do ano passado, Imperatriz registrou 570 casos de dengue, 360 de chikungunya e 70 de zika. Para o coordenador da Vigilância em Saúde, Francisco Habrants, embora não seja alarmante, esse número deixou a cidade no patamar de risco médio.
Ele alertou ainda que dos 700 casos de dengue 200 vieram de outros municípios, refletindo no atendimento médico no Socorrão e Upa de Imperatriz. Espera que, a partir destas ações que estão sendo desenvolvidas e outras que irão se seguir de fevereiro a abril, período em que há o maior registro de casos, Imperatriz possa entrar na qualificação de risco baixo da dengue, chikungunya e zika.
“Este é o nosso objetivo: reduzir o número de pessoas com o vírus. Mas é preciso alertar que a participação da população é um dos grandes fatores para a redução. A sociedade precisa compartilhar deste movimento, afinal todos correm risco de serem contaminados e não adianta as pessoas ficarem achando que não vão ficar doentes. É preciso redobrar os cuidados.”
Serão visitados nesta operação 16 bairros dos polos Vila Nova, Vila Palmares, Santa Inês, Vila Macedo, Bonsucesso e outros.
“Quero alertar a população que toda a cidade será atingida por iniciativas que visam combater a proliferação do mosquito”, enfatizou o secretário indicado de Saúde, Alair Firmiano.
A Operação Norte Unido será iniciada às 7h30 da segunda-feira, 13, após a Ordem Unida no quartel. Os militares sairão em comboio para os bairros, onde atuarão pela manhã e à tarde até o dia 17.
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