Domingos Cezar

O diretor de marketing da China Geely Group, Wu Gang, fará uma visita no próximo mês a Imperatriz. Ele confirmou o interesse da empresa em expandir seus negócios para o Brasil, sendo o Maranhão um potencial candidato a receber o projeto de instalação de fábricas de automóveis, motocicletas, bicicletas elétricas e de ar-condicionado.
Acompanhado do representante e ex-diretor da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China no Maranhão, Helberth de Oliveira, Wu Gang deseja visitar o Porto do Itaqui. A informação foi prestada por Helberth Oliveira, que está providenciando a visita e roteiro do visitante.
De acordo com Oliveira, conhecer o Porto do Itaqui seria fundamental para Wu Gang ter uma ideia da infraestrutura de todo o terminal, considerado um dos mais estratégicos do país por estar localizado próximo dos principais mercados internacionais.
Além do Porto do Itaqui, o diretor de marketing da China Geely Group também virá ao Maranhão com o objetivo de verificar suas potencialidades econômicas e os incentivos que o Governo do Estado tem oferecido no sentido de atrair novos investimentos.
“Antes de iniciar qualquer negócio, procuramos saber onde podemos instalá-lo, quais as logísticas de transporte, infraestrutura e os incentivos que nos podem ser oferecidos”, observou Wu Gang, que vem ao estado do Maranhão pela primeira vez. 

Produção - Ele disse que, por ano, a Geely produz 200 mil automóveis e dois milhões de motocicletas. Todo esse volume está sendo exportado para mais de 20 países nos continentes americano, asiático, europeu e africano. A produção do grupo nesses dois segmentos tem crescido a uma média de 200% ao ano.
Wu Gang informou que o projeto técnico de instalação de uma nova montadora de automóveis ainda não está definido. Os estudos que estão sendo feitos pela empresa, a exemplo dessa visita ao Maranhão, é que nortearão os investimentos do grupo chinês.
Segundo Helberth de Oliveira, representante da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China no Maranhão, a China e Hong Kong reúnem, juntos, a cifra de US$ 6 bilhões para serem investidos em todo o mundo.
O Brasil tem ampliado as suas relações comerciais com a China nos últimos anos. Tanto que há empresas brasileiras instaladas em território chinês e vice-versa. Hoje, aquele país asiático é um dos maiores clientes da Vale, Embraer, Marcopolo e outras.
Helberth de Oliveira destacou o papel da Câmara no trabalho de incentivar as empresas chinesas a investir no estado, principalmente na cidade de Imperatriz gerando emprego e renda para a população.