Fernando de Aquino
Iniciou nessa quarta-feira, dia 16 de outubro, o “Seminário Carajás 30 anos: Um olhar para os grandes projetos da região tocantina”. O evento é promovido pela Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Universidade Estadual do Maranhão - UEMA, Rede Justiça nos Trilhos e tem o apoio de diversos movimentos sociais organizados. As atividades acontecerão no auditório da Secretaria de Saúde de Imperatriz.
O Seminário tem o objetivo de avaliar, criticamente, os 30 anos do Projeto Grande Carajás e, a partir do tema “desenvolvimento”, discutir as consequências sociais, ambientais, culturais e econômicas desse programa.
Na manhã do primeiro dia, diversas pessoas faziam o credenciamento e inscrição. Logo após, foi realizada a mesa redonda: Trabalho, Migração e Movimentos Sociais com membros do Ministério Público Estadual, Representante do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmem Bascarán, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e o Professor Dr. Alfredo Wagner, da Universidade do Estado do Amazonas – UEA.
Em entrevista ao jornal O PROGRESSO, o antropólogo e professor palestrante questionou historicamente e mensurou as consequências das mudanças bruscas econômicas da instalação dos grandes projetos de desenvolvimento. “Esses [projetos] não têm mostrado um desenvolvimento sustentável. E notória a precariedade social com a clara concentração de riqueza. A ocupação também gerou outros problemas sociais, como por exemplo a violência”.
As atividades irão acontecer até sexta, dia 18 de outubro. A estimativa de público é de 300 pessoas. À tarde, foi marcada pela apresentação de trabalhos, minicursos, oficinas e exposição fotográfica. Podem participar do evento estudantes, professores e pesquisadores da área.
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