Dijé Guedes
O grande escritor brasileiro que assina Os Sertões não ficaria orgulhoso em ver o seu nome, literalmente, na lama em rua do bairro Vila Nova, a Euclides da Cunha, que interliga a grande Vila Nova à Avenida Pedro Neiva de Santana.
Trata-se de uma das principais vias do bairro, de sentido único, portanto responsável por um intenso fluxo de veículos que sai da grande Vila Nova em direção ao centro de Imperatriz.
A Euclides da Cunha também é endereço de pequenos e grandes estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços. É na Euclides da Cunha que está situada a principal referência de endereço daquela região, a Praça Manoel Cecílio, mais conhecida por Praça Ferro de Engomar.
Apesar de todos esses atributos, considerando ainda o fato de o bairro Vila Nova ser um dos mais populosos e antigos da cidade, a referida rua encontra-se em péssimo estado de conservação, quase intransitável.
O esgoto estourado, misturado às águas das chuvas, se acumula nos buracos que se avizinham por toda a extensão da via. Em um trecho, no centro comercial, a situação se agravou com as chuvas dos últimos dias. Prejudicou, inclusive, o movimento no comércio, segundo lojistas e pequenos comerciantes lá estabelecidos.
Os buracos se multiplicaram e ficaram ainda mais profundos. Cheios de lama, tornam-se verdadeiras armadilhas para quem trafega de carro ou motocicleta. Os riscos vão além dos prejuízos com desgaste dos veículos. São fatores de potenciais causas de acidentes.
Com o intuito de chamar a atenção das autoridades governamentais para o problema, os moradores chegaram a interditar a rua, ateando fogo em pneus. Mas tiveram a iniciativa frustrada, visto que nenhuma providência foi tomada.
Vale ressaltar que a rua Euclides da Cunha foi asfaltada duas vezes, durante as três últimas administrações. Se for contemplada com os dezessete quilômetros de asfalto anunciados pelo Governo do Estado para Imperatriz, será a terceira camada asfáltica da Euclides da Cunha em dez anos.
Mesmo com efeito efêmero, os moradores e transeuntes da rua Euclides da Cunha esperam uma ação do poder público para que possam se orgulhar não só da homenagem ao escritor que dá nome à rua, mas de andar por ela sem o solavanco dos buracos, a sujeira da lama e o mau cheiro do esgoto.
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