A ocupação da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), campus Imperatriz, completa seu quarto dia. Desde a última quarta-feira (26), estudantes universitários, secundaristas e professores estão no prédio da universidade desenvolvendo atividades e discutindo as pautas da manifestação. As aulas foram suspensas.
Os ocupantes reclamam principalmente da polêmica PEC 241, do teto de gastos, aprovada na Câmara dos Deputados Federais no mesmo dia do início do protesto. Se aprovada no Senado Federal, vai congelar os investimentos na saúde e educação nos próximos 20 anos. O grupo desaprova essa medida do governo de Michel Temer (PMDB).
"Se essa PEC for aprovada, a gente já tem a educação sucateada, saúde precária, só vai piorar. Pobre não terá acesso para se manter na universidade. Existem outras maneiras de conter gastos e essa PEC não vem como benefício para a sociedade", relata Camila Cunha, universitária do curso de História da UEMA.
A manifestação é apoiada pela UEMA, o Sindicado dos Trabalhadores da Saúde (Sindisaude), Sindicato dos Professores e Servidores do Estado do Maranhão (Sinproessema), o deputado estadual Marco Aurélio e os vereadores Carlos Hermes e Prof. Adonilson. A ideia é seguir com a ocupação até próxima terça-feira (3), dia de manifestação nacional contra a PEC 241.
UEMASUL
Os manifestantes também estão ocupando o prédio da UEMA com o objetivo de acompanhar a efetivação da Universidade Estadual do Sul do Maranhão (UEMASUL), aprovada na quinta-feira (27) por unanimidade na Assembleia Legislativa do Maranhão. Uma comissão de transição será composta para ajudar o governo do Estado nos próximos seis meses a definir os assuntos relacionados à UEMASUL.
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