Carlos Hermes destaca criação da UEMASUL
Expedito Barroso critica a centralização de comando da UEMA

Willian Marinho

Estudantes secundaristas da rede estadual de ensino, com o apoio de estudantes das escolas municipais e acadêmicos dos mais diversos cursos superiores das Universidades Estadual e Federal em Imperatriz, realizaram, ontem, manifestação pacífica para cobrar dos deputados estaduais a aprovação do projeto de lei do Executivo que cria a Universidade Estadual do Sul do Maranhão.
Os manifestantes saíram da UEMA e percorreram as principais ruas do centro até a Câmara de Vereadores, onde foi realizada audiência pública solicitada pelo vereador do PCdoB, professor Carlos Hermes, para discutir o assunto.
Durante seu pronunciamento, Carlos Hermes destacou a luta dos estudantes para que seja criada a nova universidade estadual, que irá beneficiá-los em pouco tempo.
Na mesma audiência, o também professor e vereador Adonilson Lima ressaltou a necessidade de que o projeto encaminhado pelo governador Flávio Dino, que é do seu partido, seja aprovado pelos deputados estaduais e, desta forma, a universidade tenha autonomia administrativa. “Hoje, até para comprar papel higiênico é necessário pedir para São Luís”.
Diretores e professores da UEMA também se manifestaram da tribuna para justificar a criação da Universidade do Sul do Maranhão como uma necessidade de se avançar e um movimento que está atrasado há mais de dez anos.
O professor Expedito Barroso fez um histórico sobre o tema e criticou ainda a posição da Apruma. Para ele, a entidade que congrega os professores da universidade “só vem aqui em época de eleição em busca de votos, e depois ficamos mendigando quinhentos ou mil reais para confraternização, quando em São Luís há pousada, campos de futebol, clube, e para nós nada”.
Expedito também afirmou que a Universidade Estadual vai, daqui a dez anos, servir de exemplo para que os estudantes e professores possam fazer com que São Luís possa olhar os avanços e dizer: “vejam como está a UEMASUL, avançou mais do que a UEMA. Vai reparar todos estes anos em que somos esquecidos. Já morei em São Luís e sei como é que é, ficam na beira da praia e bonito e belo, e viram as costas para o resto do estado”. Foi bastante aplaudido.
Ontem, após o final da audiência, os alunos e a coordenação do movimento decidiram ocupar, no final da tarde dessa terça-feira, a UEMA como forma de pressionar as autoridades, em especial os deputados, para a aprovação da lei.