Poluição, extração de areia em local inadequado e desrespeito às áreas de preservação permanente ao longo do rio Tocantins. Essas foram as principais constatações feitas pelos alunos do COC durante uma aula prática de Biologia. Na manhã de sábado (6), eles visitaram vários pontos ao longo do rio para fazer análise da água e dos impactos ambientais provocados pela urbanização.
“A área de mata ciliar [vegetação nativa que protege o rio] deve ser 100 m. Teve gente que colocou cimento na margem do rio. O fato de Imperatriz ser uma cidade grande e não ter vigilância acaba provocando isso. Porém é importante entender que toda água que consumimos vem daqui”, explicou o professor convidado, Pedro Queiroz.
Os impactos de ações como essas no meio ambiente são graves. “Essas matas são como se fossem os cílios dos nossos olhos. Na ausência deles, o rio fica desprotegido e causa o assoreamento [acúmulo de detritos no leito do rio]”, acrescentou o professor Carlos Gilvan.
Outra conclusão feita pelos alunos é que o nível e o tipo de poluição variam de acordo com o local. “As margens do rio são bastante poluídas, principalmente as que são próximas das regiões mais habitadas”, avaliou a estudante Laura Sousa. Ela aprovou a ideia dos professores de mostrar em campo o conteúdo exposto em sala. “É uma experiência ótima. Em campo, a gente consegue fixar melhor o assunto”, finalizou.
“Trazer os estudantes para vivenciar os problemas tem um impacto diferente”, disse Queiroz. Para ele, aulas assim são importantes para a interação e até mesmo para a formação social dos alunos, provocando uma visão mais reflexiva sobre a realidade em que estão inseridos. (Assessoria de Imprensa)
Publicado em Cidade na Edição Nº 15101
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