Cida Marconcine
O Rotary Club de Imperatriz promoveu o II Concurso de Redação com a temática “A influência das mídias na política brasileira” e nessa quarta (27) aconteceu a solenidade de entrega das premiações.
Três estudantes da rede pública estadual de ensino/Unidade Regional de Educação de Imperatriz tiveram suas redações premiadas: 1º lugar: Atalia Menezes Pedra Branca, aluna da 3ª Série do Ensino Médio do Colégio Militar Tiradentes II, com orientação do professor Moisés da Silva Gomes; 2º lugar: João Carlos Alcântara, aluno da 3ª Série do Ensino Médio do Centro de Ensino Governador Archer, com orientação da professora Cristiana Gomes; 3º lugar: Luiz do Espírito Santo Filho, do Centro de Ensino Estado de Goiás, com orientação da professora Ana Carolina Lobo Dias.
A gestora regional de Educação de Imperatriz, professora Orleane Santana, destaca a iniciativa do Rotary Club e o resultado do concurso: “Fico muito satisfeita quando vejo nossos estudantes da rede pública estadual desta Regional de Educação sendo reconhecidos e ganhando destaques em concursos como este que o Rotary Club de Imperatriz promoveu, principalmente porque sei que foram motivados e orientados pela família, por professores e gestores escolares. Por isso, parabenizo a todos que colaboraram para este resultado tão exitoso. Parabenizo também ao Rotary Club de Imperatriz por esta iniciativa, na pessoa de sua presidente, a professora Josefa Nascimento”.
Para Josefa Nascimento, presidente do Rotary Club de Imperatriz, a iniciativa, criada com o objetivo de despertar nos estudantes a prática da leitura e da redação, atingiu seus objetivos nestas duas edições do concurso. “O que aumenta a responsabilidade de continuar promovendo e buscando alcançar ainda mais o índice de satisfação e de rendimento dos estudantes. Estamos satisfeitos com os resultados obtidos nas duas edições do concurso”, enfatizou.
Os pais e mães dos estudantes premiados se fizeram presentes a este importante momento de homenagens e reconhecimento, assim como os professores orientadores e os gestores escolares das escolas participantes.
Leia abaixo as redações premiadas no concurso:
Primeiro lugar
“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo”. Tal máxima, de Eça de Queirós, denota o dilema enfrentado pela política brasileira quanto à corrupção e a fragilidade das leis. Desse modo, atualmente, presencia-se baixo envolvimento da sociedade com questões políticas.
Nessa atmosfera, a corrupção no Brasil é um fato preocupante. Isso ocorre devido, sobretudo, à falta de preparação dos indivíduos interessados ao meio político. Outrossim, é nítido que a máquina pública está comprometida, desde a mais tenra idade escuta-se falar sobre a tal corrupção, agora é visto todo dia, ao vivo e em cores, na TV.
Convém pontuar, ainda, que em todas as sociedade humanas há pessoas que agem segundo as leis e normas. No entanto, também há pessoas que desrespeitam, para obter benefícios pessoais, que são conhecidos como criminosos. Mediante isso, vale ressaltar a presença da impunidade não só na base social, como nos cargos públicos.
Infere-se, portanto, que a política brasileira está corrompida, “fraldas sujas”. Dessa forma, faz-se necessário que instituições como a escola priorizem atividade extracurriculares, como debates e palestras, a fim de desenvolver a criticidade política das crianças, pois como disse o jurista e diplomata brasileiro Ruy Barbosa, “Quem não luta pelos seus direitos não é digno deles”. Além disso, o Estado deve garantir a eficiência das leis, garantindo, assim, plenitude da justiça.
Aluna Atália Meneses Pedra Branca
3º Ano A vespertino – Colégio Militar Tiradentes II
Segundo lugar
Ainda há esperanças
O Brasil é um país marcado pela desconfiança popular com relação à política. Escândalos de corrupção atingem com frequência membros do alto escalão do governo e também acontecem nas Câmaras Municipais, Estaduais e Federais do país, causando uma sensação de desconforto. O descaso com o povo é gritante, tudo isso porque nossos líderes se preocupam apenas com a burguesia.
Durante anos, a “democracia” brasileira é vista com “olhares tortos”, a confiança sob nossos governantes é bem baixa, uma vez que a maioria já se envolveu em esquemas de desvios de verbas, mais tarde caindo na boca da população, gerando revoltas e manifestações pelo país. O pior é que muitos deles saem impunes, prontos para serem reeleitos, como o ex-presidente e atual senador Fernando Collor.
Ultimamente, sediamos a Copa do Mundo em 2014, tudo foi projetado para que o nosso país fosse perfeito aos olhos estrangeiros, mas e para nós brasileiros? Milhões de reais foram arrancados de nós, e agora o que temos são obras embargadas, desperdícios imensos de recursos públicos. A menos de 8 meses para as Olimpíadas, nada foi feito, inclusive obras diretamente para esse evento estão paradas.
A única saída é protestar arduamente para uma reforma política e constitucional, já que os atuais parlamentares não dão o braço a torcer, aumentando o ódio de nossa sociedade. A reforma para punições mais severas, maior transparência por parte dos estados e mais rigor para a eleição de candidatos, tornando as atuais leis mais fortes. Os nossos eleitores também precisam votar com consciência! De que adianta protestar como um leão, se vota como um jegue?
Aluno João Carlos Alcântara
3º Ano E – C.E. Governador Archer
Terceiro lugar
Política das mídias x política vista
A célebre frase de Aristóteles “A política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça” poderia ser uma premissa para os governantes políticos brasileiros muito difamados na mídia, entretanto mostrando só desastre e mais desastre.
Mas esse quadro pode ser mudado se os brasileiros passarem a ter outra concepção e ponderar o que foi apresentado nos diversos meios de comunicação.
Como ter outra concepção? Como a política nacional é partidarista, conhecer os atos praticados por cada partido já ajudará muito os brasileiros a escolherem quem representará o Brasil futuramente.
Devemos incentivar e ensinar as crianças de hoje a serem honestas, trabalhar valores nas escolas, tanto de ensino fundamental quanto médio, para que quando essas crianças e esses jovens tornarem-se adultos, o Brasil tenha uma política honesta e verdadeira e a realidade seja mudada.
Aluno Luiz do Espírito Santo Filho
C.E. Estado de Goiás
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