Hemerson Pinto
Desta vez, o protesto foi realizado por um grupo de fazendeiros que possuem terras nas proximidades do lixão, às margens da Estrada do Arroz. Os manifestantes reivindicaram o andamento da construção de um aterro sanitário, como prevê a legislação nacional sobre resíduos sólidos, que estipula o prazo de até o fim de 2014 para os municípios substituírem os lixões por aterros.
Imperatriz está entre as cidades que não possuem aterros sanitários, obras construídas com o objetivo de acomodar no solo os resíduos no menor espaço prático possível, causando o menor dano ao meio ambiente ou à saúde pública.
São dezenas de famílias na segunda maior cidade do Maranhão que tiram o sustento de tudo o que é descartado no lixão da Estrada do Arroz. Cerca de 80 famílias disputam cada metro quadrado do lixo em busca de restos de alimentos, roupas, calçados e até utensílios para casa. Os catadores também procuram selecionar material reciclável para vender e garantir uma renda.
De acordo com o presidente de uma das três associações de catadores de lixo, no lixão de Imperatriz, “os fazendeiros querem logo o fechamento do lixão, dizendo que é prejudicial a quem vive nas áreas próximas”, comentou José Arteiro.
O trânsito ficou paralisado por pouco mais de 1 hora, até os manifestantes conseguirem falar com um representante do Município de Imperatriz. Durante o protesto, nem os condutores de veículos seguiram viagem pela Estrada do Arroz, nem os catadores tiveram acesso ao lixão. Alguns caminhões de coleta de lixo voltaram para a sede do município sem descarregar.
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