Se dependesse da direção da Faculdade de Educação de Imperatriz (FACIMP), o curso de Medicina, pelo qual aquela instituição de ensino luta há dez anos, já teria sido implantado. Ontem, o médico Antônio Leite Andrade, presidente da mantenedora daquele centro, recebeu a visita do prefeito Sebastião Madeira e do deputado federal Chiquinho Escórcio, a quem aproveitou para agradecer o apoio recebido para a implantação do curso. “Estamos prontos”, garantiu Antônio Leite aos visitantes. Pelo planejamento da instituição, o curso terá duas entradas de 50 alunos, por ano.
Ao prefeito Madeira, Antônio Leite agradeceu o apoio que ele e a secretária de Saúde, Conceição Madeira, têm dado para transformar o Hospital Municipal (Socorrão), com as devidas adaptações, num hospital de ensino, assim como também será o Hospital Regional Materno Infantil.
Em relação ao deputado Chiquinho Escórcio, Antônio Leite agradeceu pelo apoio dispensado à Facimp desde sua implantação.
Em reunião realizada no dia 11 de março com o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, o subsecretário de Saúde do Maranhão, José Márcio, e o deputado federal Francisco Escórcio, ficou decidido que Imperatriz ganhará o curso de Medicina pública e a FACIMP será agraciada com o curso de Medicina na área privada. Na oportunidade, Escórcio pediu agilidade na implantação dos cursos.
Os hospitais escolas integram a lista de exigências do Ministério da Educação para a implantação do curso de Medicina. Uma vez adaptados para atender às necessidades de um hospital escola, essas unidades hospitalares poderão abrigar as chamadas residências médicas, outra exigência do Ministério da Saúde para a consecução do curso.
A adaptação do Socorrão e do Hospital Regional em hospitais escolas tem sido acompanhada pelo consultor Joaquim Thomé, contratado pela Facimp para trabalhar junto aos diretores para adequar os hospitais aos padrões de exigência do Ministério da Educação. Ele também assessora a Facimp na seleção dos currículos dos mestres e doutores que atuarão na docência do curso.
“Essa mesma estrutura (Socorrão) também contribuirá para a implantação do curso de Medicina no Campus II da Universidade Federal do Maranhão”, lembrou o prefeito Sebastião Madeira ao se referir ao Municipal e ao Regional como hospitais escolas.
Madeira e Chiquinho Escórcio foram apresentados por Antônio Leite a toda a estrutura e a todos os investimentos feitos até agora para a implantação do curso.
Além dos inúmeros laboratórios, um novo pavilhão se encontra em fase de conclusão. Antônio Leite lembrou que só na compra da complementação da biblioteca do curso foram investidos recentemente mais de um milhão de reais. Além disso, foi modernizada atendendo também a exigência pedagógica do Ministério da Educação.
“Há poucos dias estivemos em São Paulo para visitar a faculdade de Medicina mais bem avaliada (pelo MEC) do Brasil. Fotografamos, filmamos tudo. Conversamos com os diretores e sem medo de errar estamos implantando em Imperatriz uma estrutura igual ou melhor do que a que visitamos”, garantiu Antônio Leite.
Em mais um passo dado para a implantação do primeiro curso de Medicina em Imperatriz, uma comissão verificadora do Ministério da Educação deve desembarcar na cidade nos próximos dias. Vem fazer mais uma inspeção nas instalações da Facimp e nos futuros hospitais escolas (Socorrão e Regional).
A expectativa, disse ontem o médico Antônio Leite, é que depois dessa visita o MEC conceda a outorga de Hospital Escola ao Socorrão e ao Regional. “Com isso, ali poderão ser implantadas as residências médicas e até unidades de pesquisas”, observou Antônio Leite.
Sobre a implantação de dois cursos de Medicina, um público e outro privado, o prefeito Madeira se mostrou otimista, já que se trata de uma porta que se abre para os jovens de Imperatriz e região que, ao contrário dele, que teve de ir para Fortaleza fazer Medicina, nos anos 1960, terão a oportunidade de estudar aqui mesmo.
“Nossa cidade, que a cada dia se transforma em polo universitário, se consolidará também num polo médico”, concluiu o prefeito.
A FACIMP pediu a autorização do curso de Medicina com 100 entradas anuais, sendo 50 no primeiro semestre e mais 50 no segundo semestre. Um dado importante é que dessas 100 vagas que deverão ser ofertadas pela FACIMP, entre 30 e 40 serão oferecidas para alunos do ProUni ou do FIES. (Comunicação)