Em comemoração aos 20 anos de atuação, a Cia Contágius de Dança e Teatro realiza a turnê do espetáculo “Sós e Nós”. As apresentações começaram por cinco cidades tocantinenses e em sua fase nacional, já ocorreram em Brasília, Campo Grande, Goiânia e Anápolis (GO), sempre com sucesso de pública e crítica. A próxima cidade a receber a turnê é Imperatriz (MA), dias 16 e 17 de agosto, no Teatro Ferreira Gullar, às 20h, com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e ASSART.
“Sós e Nós” foi premiado duas vezes pelo edital Klaus Vianna 2007, da Funarte, e ainda pelo Prêmio Fernanda Montenegro, do governo tocantinense, que possibilitaram sua circulação.
Sós e Nós - A junção da Dança Contemporânea e da Dança-Teatro com a música popular e a poesia resultam na discussão da condição humana no mundo contemporâneo e da eterna busca pelo amor. A trilha musical conduz a períodos diferentes e, em consequência, diferentes formas de tratamento do amor - da romântica disputa por uma mulher ao uso indiscriminado da sensualidade, por parte das piriguetes.
Sós e Nós tem direção geral e artística de Meire Maria Monteiro; coordenação executiva de Regina Reis; coreografias de Meire Maria e Liu Moreira; os bailarinos Liu Moreira, Gustavo Silvestre e Gabriel Côrtes; criação cênica de Meire Maria; criação de luz de Francisco Lustosa e Mauro
Guilherme; trilha sonora de J. Bulhões, com figurinos de Leila Miranda Muradás.
Contágius - Pioneira na Capital do Tocantins, Palmas, a bailarina carioca Meire Maria Monteiro tem uma trajetória profissional marcada pela quebra de paradigmas. Quando chegou ao recém-criado Estado, no início dos anos 90, tinha a ambição de reunir algum dinheiro, trabalhando como secretária executiva, para realizar cursos no exterior. Encontrou uma cidade em construção, onde a poeira dominava o horizonte e boa parte dos cidadãos trabalhava na construção dos prédios públicos, vivia em alojamentos e comia em refeitórios.
A falta de atividades culturais e a vontade de mostrar sua arte levaram a bailarina a calçar suas sapatilhas e fazer apresentações públicas, que se estenderam também pelas cidades do interior, onde boa parte de seus moradores jamais havia visto uma apresentação de balé clássico ao vivo. A criação da Cia Contágius de Dança, em 1992, foi a consequência destes primeiros passos. Desde então, sua companhia montou 18 espetáculos, ajudou a formar plateia, descobriu talentos da dança no Estado.
Publicado em Cidade na Edição Nº 14478
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