Os especialistas em segurança norte-americanos Charles Saba, Richard Rippy e Shene McSheehy foram recebidos pelo presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Antonio Guerreiro Júnior, e um grupo de juízes, nessa quinta-feira (20).
Os instrutores ministram curso sobre segurança pessoal e institucional para a magistratura nesta sexta-feira (21), no Fórum Des. Sarney Costa, em São Luís, das 9h ao meio-dia.
O curso, promovido pela Comissão de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), é uma das ações do programa de política de segurança institucional desenvolvido pela atual gestão da Corte estadual, com recursos do Fundo Especial de Modernização e Aparelhamento do Poder Judiciário (Ferj).
Na reunião, o desembargador Guerreiro Júnior falou dos investimentos realizados pela sua administração na Justiça de 1º e 2º graus, notadamente na área de segurança, com a criação de comissão técnica para atendimento à demanda dos magistrados que se queixavam de problemas com ameaças de agressões, furtos e arrombamentos de fóruns nas comarcas e treinamento no exterior.
“O futuro da Justiça estadual está nas mãos dos juízes. Se eles estiverem bem preparados, terei cumprido o meu papel na história”, ressaltou o presidente sobre os investimentos na capacitação de magistrados.
Charles Saba, comandante da “US Police Instructor Teams (USPIT)”, com 20 anos de experiência em treinamento policial e capacitação de profissionais na área da segurança, disse que os juízes podem esperar do curso uma mudança de percepção no meio ambiente onde eles atuam.
“Temos de inculcar na cabeça de cada juiz uma nova visão de mundo, mais perspicaz e afiada. O perigo ronda e o juiz está no topo da pirâmide. Então, todos que dependem de uma decisão da Justiça precisam saber que ele tem tranquilidade para julgar bem. E esse curso traz tranquilidade ao magistrado”, disse.
SWAT - Este ano, 38 magistrados e servidores do Judiciário maranhense já participaram de curso de segurança nos Estados Unidos, ministrado por Saba e equipe da ativa da SWAT – unidade da polícia norte-americana formada por policiais treinados para reduzir riscos em situações de emergência.
Após o treinamento, alguns juízes tomaram medidas de modo a reforçar a segurança pessoal e no local de trabalho. “A mudança da posição de testemunhas e presos na hora de prestar depoimentos no Júri; a fixação dos microfones na mesa de audiência; e instalação de travas em portas e janelas, além de mudança na forma de entrar e sair do carro foram algumas delas”, informou o juiz Mário Márcio (1ª Vara da comarca de Viana).
Celso Pinheiro Júnior, juiz da 1ª vara de Bacabal e um dos beneficiados pelo curso, disse que o treinamento serviu para que os juízes tivessem mais precaução em sua vida pessoal e profissional, porque não tinham conhecimento técnico a respeito do assunto. “Essa foi a grande lição que aprendemos”, declarou.
Para o diretor de Segurança Institucional do TJMA, Capitão Alexandre Magno, houve uma mudança de comportamento entre os juízes que participaram do treinamento: “Eles estão mais preocupados e mais cuidadosos com a segurança pessoal e familiar”.
Os juízes José Nilo Ribeiro Filho, auxiliar da presidência, e Paulo de Assis Ribeiro, coordenador do planejamento estratégico, também contribuíram com a discussão do tema, citando ações bem-sucedidas do Tribunal na área da segurança.
CNJ - Em maio passado, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou proposta de resolução que institui o Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário (SINASPJ). As diretrizes, medidas, protocolos e rotinas de segurança devem ser seguidos por todos os tribunais brasileiros. (Helena Barbosa - Asscom/TJMA)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14734
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