Hemerson Pinto
O aposentado Francisco Rodrigues de Abreu pensa duas vezes antes de retirar o carro da garagem de casa, na Rua Amazonas, sub esquina com a Avenida Bernardo Sayão, Centro de Imperatriz. O problema está na hora de retornar com o veículo. A água suja acumulada na porta da residência é transtorno antigo, difícil de se resolver.
“Parece que não tem uma solução, porque esse problema não é de agora. Tem mais ou menos dois anos. Por último, há uns dois meses estourou novamente. A Caema vem, mexe, mas não resolve. Passa poucos dias e começa tudo outra vez”, declara o aposentado.
A rede de esgoto entupida não prejudica apenas Francisco e os demais moradores. Comerciantes do ramo de alimentos sentem o mau cheiro atingir o bolso. Reclamando queda nas vendas, o proprietário de uma pizzaria resolveu chamar atenção dos responsáveis pela manutenção da rede de esgoto, e interditou o trecho da Rua Amazonas. A interdição aconteceu cerca de dez dias atrás.
A partir daí, os moradores se uniram e passaram a colocar obstáculos na rua ao final de cada tarde. “Passa muito carro e joga esgoto em quem está sentado na calçada e quem está nas mesas da pizzaria. Tem cliente que nem quer encostar mais no comércio do meu vizinho”, reclamou Francisco. Na manhã do dia seguinte, a rua é liberada para o trânsito fluir normalmente.
Segundo a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão, Caema, uma nova tentativa de resolver o problema seria feita, se não na tarde de ontem, no início da manhã desta terça-feira. “O problema maior é a gordura de restaurantes e lanchonetes nas proximidades, jogada direto para a rede de esgoto. Estamos acostumados a retirar gordura das tubulações daquela rua, naquele trecho, e sempre volta a acontecer. O ideal seria cada estabelecimento ter uma caixa para o deposito de toda a gordura jogada pelos canos”, explica.
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