Pedestres e condutores de veículos encontram dificuldades em trafegar

Hemerson Pinto

A rua praticamente interditada é localizada no bairro Santa Inês e passa em uma das laterais do cemitério Campo da Saudade. Um poço de visita, ou ‘boca de lobo’, não suporta o volume de esgoto que volta da rede, devido ao entupimento, e jorra água suja no meio da rua. A água acumula, cava buracos e transforma a Rua Nossa Senhora Aparecida em um ‘mar de lama’.
Maria reside na casa de número 491, a poucos metros do local mais prejudicado. “Está assim há muito tempo e nós já ligamos várias vezes para a Caema. Eles vêm, mexem por aí, mas logo volta a ficar entupido e vazar esgoto pra todo lado. Tem até na calçada do cemitério”, diz a dona de casa.
Na tentativa de chegar à casa da irmã, que fica em uma das ruas do bairro Santa Inês, a auxiliar de panificação Maria da Conceição encontra dificuldades todas as vezes que passa pelo trecho da Rua Nossa Senhora Aparecida. “Hoje eu vim pra cá calçada nas minhas botas. Quando saí da casa da minha irmã, não lembrei de calçar elas novamente e fiquei aqui, procurando um cantinho pra passar sem pisar no esgoto”, conta.
Alguns motociclistas, ciclistas e motoristas arriscaram passagem por dentro das duas crateras que foram abertas na rua piçarrada. “A piçarra foi colocada não faz muito tempo. Do mesmo jeito foi a rede de esgoto”, gritou um homem que estava do outro lado da lama. Moradores comentaram que antes dos primeiros serviços em infraestrutura e saneamento básico chegarem à Rua Nossa Senhora Aparecida, “esgoto não corria a céu aberto e nem ficava esse aguaceiro no meio da rua”, complementa Maria.
Esgoto a céu aberto também está na pauta de discussões da Comissão Parlamentar de Inquérito criada pela Câmara de Vereadores e arquivada pela mesma casa dias depois.