Domingos Cezar
Em solenidade festiva realizada na noite do último dia 25 de novembro, na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias do Maranhão, Pará e Tocantins – STEFEM, o jornalista e escritor Roberto Gicello Bastos lançou o livro “Estações de Ferro – Raphael Martinelli”, que conta a vida e obra do maior líder ferroviário do Brasil.
O autor esteve em São Luís, acompanhado do próprio homenageado, um paulista de 90 anos, descendente de italianos que se notabilizou por ser um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores – PT, e da Ação de Libertação Nacional – ANL, ao lado de Carlos Marighela, além de dirigente do Comando Geral dos Trabalhadores – CGT.
Por sua militância sindical e política no Partido Comunista Brasileiro – PCB, Raphael Martinelli foi preso por três anos, no início da década de 70, ao lado da jovem estudante Dilma Rousseff, hoje presidenta do Brasil. De acordo com o historiador Adriano Diogo, a história da vida de Martinelli se confunde com a história da ferrovia no país.
“A obra é, sem dúvida, um importante resgate e registro de uma das figuras mais importantes do século 20 no Brasil, e uma das maiores figuras da resistência à ditadura e um dos maiores nomes da defesa da democracia e da liberdade”, diz Adriano Diogo, ao prefaciar a obra que já foi lançada recentemente em São Paulo, capital, e em Brasília.
A festa de lançamento foi prestigiada por sindicalistas de várias categorias, ferroviários, professores e estudantes. Entre os presentes e convidados para a mesa, o presidente eleito do CREA, Cleudson Campos; a presidente da CUT/Estadual, Adriana Oliveira; a sindicalista Júlia Reis Nogueira, da CUT/Nacional; o professor Márcio Jardim, da direção estadual do PT.
Os dois convidados vieram a São Luís atendendo convite do diretor de Comunicação e de Formação Sindical, Novarck Oliveira, que fez o cerimonial e convidou o diretor Financeiro do STEFEM, Eduardo Pinto, para fazer a saudação aos convidados, e de maneira especial o autor Roberto Gicello Bastos e o homenageado Raphael Martinelli.
Todos os integrantes da mesa usaram da palavra e foram unânimes em afirmar que a trajetória sindical e política de Raphael Martinelli merece ser biografada para servir de exemplo para as novas gerações. Gicelo Bastos fez um resumo de sua obra e Martinelli foi aplaudido de pé ao narrar parte de sua vida política enfrentando a ditadura militar, na Ação de Libertação Nacional – ANL.
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