Em 2003, a lei 10.639 tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, públicos e particulares, no âmbito de todo o currículo escolar. A lei inclui neste currículo o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. Dessa forma, realiza o resgate sobre a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil.
Nessa perspectiva, o Centro de Educação Municipal Madalena de Canossa/CEMMAC (Parque Sanharol), que integra a rede municipal de ensino de Imperatriz de responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), realizou na última semana a VII Feira das Nações - África, mãe de todos os povos do mundo; coordenada pela professora de Geografia, Katilane Cabral dos Santos e pelo gestor da escola, professor Magno Ribeiro Silva.
“A Feira das Nações é um projeto desenvolvido pelos alunos das séries finais do CEMMAC desde 2005. Este ano, foram cerca de 700 alunos em 54 equipes envolvidos diretamente nas pesquisas. O principal objetivo é refletir sobre as mudanças globais que afetam o nosso cotidiano. Nossa escola encontra-se localizada em uma área periférica da cidade de Imperatriz e atende pouco mais de mil alunos incluindo os bairros próximos. Por isso, a comunidade escolar precisa refletir a respeito da contribuição da cultura dos povos africanos no Brasil, tendo em vista que as alunas e alunos possuem uma grande dificuldade de aceitar sua africanidade. Nesta edição, as pesquisas enfocaram o vínculo cultural, social e político de diversos países do continente africano, buscando a aceitação da identidade”, explicou Katilane.
A coordenadora do evento explicou ainda que as atividades contaram com a colaboração dos demais professores de Geografia da escola: Osmarina, Wandaik, Katiane e Kleia.
“Faz-se fundamental estimular a pesquisa científica e inserir a comunidade escolar no contexto de pertencimento de suas raízes, disseminando a ideia de valorização de sua identidade no universo rico e ainda pouco valorizado. A escola deve realizar ações e projetos como este, por ser um lugar de reflexão constante, capaz de mudar situações de marginalização das famílias, da falta de perspectiva de alguns jovens. Ela é o meio, é o palco para a reflexão da cidadania e o sentimento de pertencimento do ser social. Dessa maneira, o aluno será capaz de conhecer e discutir a realidade que o cerca”, revelou Magno Ribeiro Silva, gestor da Escola Madalena de Canossa. (Luana Barros - ASCOM)
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