Apesar de anunciar para até o final deste ano investimentos na ordem de 700 mil reais em sua rede de abastecimento e esgoto, a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) continua enfrentando problemas para abastecer a cidade. Tudo por conta da falta de equipamentos e peças de reposição. Nos meses de junho e julho, boa parte da cidade ficou por mais de quarenta dias sem receber água. A cena volta a se repetir nestes últimos dez dias em bairros como Vila Nova, Jardim São Luís, Vila Fiquene, Vila Santa Lúcia, Jardim Oriental e adjacências. Não há água e as pessoas estão enfrentando dificuldades para limpeza e fazer comidas.
Quando do anúncio dos investimentos, o diretor de Operação da Caema, Cristovan Dervalmar Rodrigues, informou que uma empresa foi contratada para fazer o levantamento técnico para instalação de rede de água e esgoto na cidade. A previsão é que sejam adquiridos também 10 mil hidrômetros até o final de outubro a fim de combater o desperdício de água.
“Para investir em água, temos um projeto de 600 mil reais e um milhão e duzentos para rede de esgoto. Os técnicos de uma empresa já vieram aqui, fizeram o levantamento e agora temos um prazo até o final do ano para concluirmos o projeto e requisitar verba junto ao governo federal para iniciar as obras”, afirma o diretor da Caema.
De acordo com Cristovan Dervalmar Rodrigues, atualmente Imperatriz conta com cerca de 12 mil ligações de esgoto, cerca de 25% rede coletora e com atendimento de aproximadamente 65 mil ligações de água. “É ainda muito pouca a questão do esgoto, mas com estes projetos em mãos vamos conseguir melhorar”, afirma.
Ainda segundo informações do diretor da Caema, uma parceria foi firmada com a prefeitura para melhorar o abastecimento de água na Vila Macedo, Vila Fiquene, devendo se estender pela Vila Airton Sena e Parque das Palmeiras. “A previsão é que os poços estejam prontos para entrar em operação em agosto, quando beneficiarão cerca de 600 famílias residentes nos bairros Vila Macedo e Vila Fiquene com o aumento de mais de 50 metros cúbicos na oferta de água”, reitera.
Quebrado - Ontem, o gerente regional da empresa em Imperatriz, Alberto Alves dos Santos, informou em nota que a falta de água em alguns bairros da cidade ocorreu em função da quebra de equipamentos da subestação de captação e que estão trabalhando para agilizar o retorno do abastecimento.
Ainda de acordo com ele, a previsão para o restabelecimento por completo nestas áreas onde está sem água é para até o dia 9 de outubro, portanto os moradores terão ainda que enfrentar cinco dias sem água nas torneiras.
Mineral - A instabilidade do abastecimento de água e o forte calor deste período fizeram os revendedores de água mineral comemorarem o aumento do faturamento nas vendas de junho até este momento.
Também, os produtos tiveram considerável aumento de preços. O galão de vinte litros (com embalagem) passou de 25 para 28 reais, enquanto que só a troca passou de cinco para oito reais. (Willian Marinho)
Publicado em Cidade na Edição Nº 14822
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