Hemerson Pinto
Enquanto delegados, comandantes da Polícia Militar, promotores de Justiça e vereadores discutiam o assunto na Câmara Municipal no 1º Encontro Regional de Segurança Pública, promovido pelo Ministério Público do Maranhão, O PROGRESSO foi às ruas conversar com moradores de alguns bairros.
Usando o celular para ouvir a transmissão ao vivo do debate no Palácio Dorgival Pinheiro, por uma rádio comunitária, conversamos com algumas pessoas sobre o tema. “Eu desejo que não fique só na discussão, no falatório. Queremos que vá em frente e que a polícia e as outras autoridades acabem de vez com isso que está acontecendo em Imperatriz, onde o trabalhador, pai de família, cidadão de bem, não pode sair de casa sem ter medo da bandidagem”, declarou José Arimateia, morador da Vila Macedo e vendedor de lanches no centro da cidade.
Nos últimos anos, a onda de violência tem aumentado na segunda maior cidade do Maranhão. Nos dois últimos fins de semana e na última semana, mais pessoas foram assassinadas. O roubo de veículos, principalmente motocicletas, tem preocupado quem trabalha dia e noite para conseguir pagar a prestação da moto.
“Comprei para ir ao trabalho e deixar minha esposa no trabalho dela. Moramos de aluguel e o negócio começou a apertar. Tive de arrumar mais um emprego, hoje sou balconista de uma loja de peças durante o dia e faço ‘bico’ de garçom à noite”, diz Rafael Pereira. Ele está entre as pessoas que nunca foram vítimas de ladrões, mas teme ter a moto levada por bandidos a qualquer instante.
No último domingo, publicamos uma reportagem sobre as praças de Imperatriz, ambientes construídos para o lazer e até para o trabalho, mas o consumo de drogas e, como resultado disso, a violência (agressões, furtos, roubos, assassinatos) têm afastado cada vez o cidadão de bem desses locais.
“Penso que esse debate que está sendo realizado pelo Ministério Público é o começo. Precisamos desse começo e que isso possa reforçar, encorajar as autoridades competentes a não desistirem dessa batalha contra o crime no geral. Bandido não pode ter espaço para fazer o que quer, como está acontecendo. Existe o bonito discurso de ressocialização. Para isso, a Justiça precisa garantir a entrada de quem anda às margens da Lei nesse processo e as polícias precisam investigar e prender quem comete crimes para que possam pagar pelos mesmos”, é a opinião da estudante Jéssica Lima, do bairro Bonsucesso.
Para a moradora do Parque São José, Ana de Barros, “esse encontro deve ser feito mais vezes e o que for resolvido nele deve ser colocado em prática o mais rápido possível”.
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